Em meio à crescente escalada de tensões entre a Rússia e os países ocidentais, a França intensificou seus esforços para reforçar a defesa no flanco oriental da OTAN. Com planos ambiciosos, o exército francês se prepara para mobilizar até 25 mil soldados em resposta a um possível ataque russo contra os países aliados no Leste Europeu.
As forças francesas participarão de um grande exercício militar em maio de 2025 na Romênia, uma operação projetada para avaliar a capacidade de mobilização rápida de tropas na região. O general Bertrand Touss, comandante do exército europeu, destacou que a OTAN não está mais simulando cenários hipotéticos, mas treinando com foco em um “inimigo definido”, aludindo diretamente à Rússia.
Além dos exercícios, a França já tomou medidas para reforçar sua presença no Leste Europeu. Desde o início do conflito na Ucrânia, o país se comprometeu a apoiar não apenas os membros da OTAN, mas também a Ucrânia, fornecendo armas avançadas, como os mísseis de cruzeiro de longo alcance SCALP, que desempenham um papel estratégico no combate às forças russas.
Recentemente, foi confirmado o envio do veículo de combate AMX-10P pela França para a Ucrânia. Esse blindado, que combina alta mobilidade e potência de fogo, é uma peça fundamental para as operações ucranianas, embora relatórios indiquem que pelo menos um deles foi destruído por forças russas na região de Kursk.
O apoio da França vai além do envio de equipamentos. O país está treinando tropas ucranianas em território francês, preparando uma nova brigada equipada com tanques e artilharia de última geração. Essa iniciativa reflete o compromisso de Paris em fortalecer a capacidade de defesa da Ucrânia e contribuir para sua soberania frente à agressão russa.
Entretanto, questões orçamentárias colocam desafios para o governo francês. Embora tenha prometido até 3 bilhões de euros em ajuda militar à Ucrânia em 2023, a meta foi reduzida para pouco mais de 2 bilhões devido à pressão fiscal. Mesmo assim, a França permanece como um dos principais apoiadores da Ucrânia, demonstrando determinação em manter o fluxo de recursos e armamentos.
Além do apoio militar direto, o governo francês anunciou a transferência de seis aviões Mirage 2000 para a Ucrânia, prevista para o primeiro semestre de 2025. Essa decisão sublinha o esforço contínuo para reforçar a força aérea ucraniana em meio a um conflito prolongado e de alta intensidade.
Enquanto os aliados ocidentais enfrentam desafios econômicos e políticos para manter seu apoio, a França segue como um dos pilares da resistência ucraniana. Com medidas robustas e compromisso estratégico, o país reafirma sua posição de liderança na OTAN, enviando uma mensagem clara de unidade e determinação contra a agressão russa.
Com informações de: Oracle Vision