Relatórios recentes indicam uma mudança na postura do Kremlin sobre a guerra com a Ucrânia. Fontes russas sugerem que Moscou está ajustando o discurso interno e mobilizando esforços para reintegrar veteranos de guerra à sociedade. A medida visa conter insatisfações populares e evitar crises sociais enquanto a Rússia enfrenta desafios significativos no campo de batalha e na diplomacia internacional.
Conforme divulgado pelo jornal russo Kommercant, autoridades regionais foram instruídas a evitar protestos e justificar as perdas na guerra. A narrativa agora é de que a “missão foi cumprida”, embora analistas questionem a receptividade dessa mensagem pelo público russo. Enquanto isso, 31 drones russos cruzaram a fronteira com a Bielorrússia, que continua sendo uma base estratégica para ataques à Ucrânia.
No front ucraniano, o presidente Volodimir Zelensky admitiu a dificuldade de recuperar territórios como a Crimeia por meios exclusivamente militares. O foco do país agora é reforçar suas capacidades defensivas e negociar em posição de vantagem. Nesse sentido, a Alemanha anunciou um pacote de ajuda militar de €650 milhões, incluindo sistemas de defesa aérea e armamentos pesados, fortalecendo as operações ucranianas.
Apesar da pressão russa, a Ucrânia segue repelindo ataques. Nas últimas 24 horas, forças ucranianas frustraram investidas em regiões como Kherson, Kursk, Kupyansk e Liman. A aviação russa intensificou bombardeios, mas sem sucesso estratégico significativo. Dados do estado-maior ucraniano apontam a eliminação de 1.790 soldados russos em um único dia, além de tanques, drones e veículos blindados.
A introdução de novas tecnologias pela Ucrânia também se destaca. Sistemas como o drone Ram 2X e o modelo terrestre Ratel S oferecem precisão cirúrgica e capacidade de operar em áreas de risco sem expor soldados. Essas inovações estão mudando o curso do conflito, impondo desafios logísticos e táticos ao exército russo.
Enquanto Moscou explora possibilidades de mediação com países como a Hungria, críticas à postura ambígua do governo húngaro levantam dúvidas sobre sua neutralidade. Diplomatas russos, incluindo Sergei Lavrov, afirmaram abertura a negociações, mas especialistas alertam que isso pode ser uma tática para ganhar tempo.
O desfecho da guerra permanece incerto. No entanto, os recentes fracassos militares da Rússia e o fortalecimento ucraniano com apoio internacional apontam para um prolongamento do conflito, com possíveis desdobramentos decisivos nas próximas semanas.
Com informações de: Front Brasil