O ranking anual Henley Passport Index divulgou os passaportes mais poderosos do mundo em 2024, destacando as nações cujos cidadãos possuem maior liberdade de viagem. Singapura lidera a lista, com acesso a 195 destinos sem necessidade de visto, superando todos os outros países. Em contrapartida, o passaporte brasileiro ocupa a 17ª posição, permitindo entrada em 171 países sem restrições.
A lista é baseada no número de destinos que podem ser visitados sem visto, medindo a mobilidade global dos cidadãos de cada país. Em um contraponto, o Afeganistão foi novamente classificado como o passaporte mais fraco, oferecendo acesso irrestrito a apenas 26 destinos. O relatório deste ano também aponta que os Estados Unidos caíram para a 8ª posição, com acesso a 186 países, refletindo uma diminuição na reciprocidade oferecida por outras nações.
A disparidade entre os passaportes mais e menos poderosos é a maior já registrada. Enquanto Singapura garante acesso a quase 200 destinos, os cidadãos afegãos enfrentam restrições em 169 países. A crescente diferença destaca os desafios de mobilidade enfrentados por populações de países em conflito ou com políticas diplomáticas restritas.
Os 21 passaportes mais poderosos do mundo e como obtê-los
A lista inclui os seguintes países e o número de destinos que seus passaportes permitem visitar sem visto:
- Singapura – 195 países
- Alemanha, França, Itália, Japão, Espanha – 192 países
- Finlândia, Suécia, Luxemburgo, Países Baixos, Coreia do Sul, Áustria, Irlanda – 191 países
- Reino Unido, Dinamarca, Bélgica, Noruega, Nova Zelândia, Suíça – 190 países
- Portugal, Austrália – 189 países
Obter um desses passaportes, no entanto, pode ser um processo longo e exigente. Países como Japão e Áustria, por exemplo, têm regras rígidas de naturalização. No Japão, são necessários pelo menos cinco anos de residência, além de testes de proficiência no idioma e renúncia a outras nacionalidades.
Na Áustria, o tempo exigido para a cidadania pode chegar a 10 anos de residência contínua, ou cinco anos em caso de casamento com um cidadão austríaco. Alternativamente, é possível solicitar a cidadania por investimento, desde que sejam realizados aportes econômicos significativos no país.
Dificuldades para obtenção de cidadania restringem acessos globais
Outro exemplo de país com um passaporte cobiçado, mas difícil de obter, é a Finlândia. Os requisitos incluem residência por cinco anos consecutivos, conhecimento de finlandês ou sueco, histórico fiscal limpo e comprovação de estabilidade financeira.
O relatório ressalta como as barreiras para cidadania em muitos desses países refletem o equilíbrio entre abrir portas a viajantes globais e proteger recursos e identidade nacional. As políticas de mobilidade seguem sendo um fator determinante para a posição dos países no ranking global de passaportes.