O Embraer Super Tucano, um dos grandes trunfos da Força Aérea Brasileira, foi destacado por um renomado especialista ucraniano como a solução ideal para enfrentar os devastadores ataques russos com drones. Reconhecido mundialmente por sua eficiência, baixo custo operacional e capacidade de combate em cenários adversos, o Super Tucano surge como uma alternativa estratégica militar para “salvar” o exército da Ucrânia, oferecendo uma resposta poderosa e econômica frente à crescente ameaça dos enxames de drones e mísseis que sobrecarregam as defesas do país.
Descubra como essa aeronave brasileira pode mudar o rumo do conflito e por que sua inclusão na guerra está gerando tanto debate.
Embraer Super Tucano da Força Aérea brasileira: a ideia perfeita para combater drones e até mesmo derrubar mísseis russos
Esta semana, o Exército Russo estabeleceu um recorde no número de drones kamikazes iranianos do modelo Shahed lançados simultaneamente, com um total de 519 drones enviados sobre cidades ucranianas.
O piloto da reserva e instrutor militar ucraniano, coronel Roman Vitan, fez uma análise sobre a necessidade de melhorias nas capacidades de defesa aérea e antiaérea da Ucrânia, conforme reportado pelo site ucraniano MRPL Siri.
De acordo com o especialista, os militares da Força Aérea russa utilizam drones de ataque iranianos Shahed, que são muito baratos, para forçar o Exército da Ucrânia a gastarem mísseis antiaéreos caríssimos. Esses drones kamikazes, embora baratos, sobrecarregam os sistemas defensivos ucranianos.
O coronel Vitan afirmou que as Força Aérea da Ucranianas têm utilizado sistemas de guerra eletrônica para combater essa ameaça, fazendo com que a maioria dos drones retorne para o território russo de onde vieram. Porém, devido à grande quantidade de ataques do Exército inimigo, até mesmo os sistemas de guerra eletrônica ficam sobrecarregados, e alguns drones acabam atingindo alvos na Ucrânia.
Além disso, o militar destacou que os Shahed funcionam como iscas para sobrecarregar as defesas antiaéreas ucranianas, permitindo que, em seguida, ataques com mísseis mais poderosos sejam realizados. Segundo ele, a Força Aérea Russa possui mais de 1.000 unidades de mísseis poderosíssimos, incluindo os modelos Iskander, KH-11, KH-555 e Kalibr.
“A Rússia acumulou armas suficientes para dezenas de ataques usando cerca de 100 mísseis em cada. Isso permite que os ocupantes realizem ataques poderosos pelo menos mais sete ou oito vezes”, observou o especialista.
Força Aérea Ucraniana tem utilizado caças MiG-29 e F-16 para destruir drones e mísseis russos
Segundo o coronel ucraniano, Kiev continua sendo o principal alvo, por ser a capital da Ucrânia e concentrar grande parte das bases militares e infraestruturas críticas. Além disso, a cidade conta com uma alta concentração de equipamentos de defesa da Força Aérea ucraniana, o que justifica a estratégia do Exército russo de usar enxames de drones kamikazes Shahed para sobrecarregar as defesas e, então, realizar ataques consecutivos com mísseis.
A Força Aérea Ucraniana tem utilizado caças MiG-29 e F-16 para destruir drones e mísseis russos, ajudando os sistemas de artilharia antiaérea e de guerra eletrônica terrestres a não ficarem sobrecarregados.
O especialista sugeriu a seguinte estratégia:
“É necessário criar uma defesa densa utilizando grupos móveis e complexos de mísseis antiaéreos. A solução ideal seria envolver aeronaves leves, como o Embraer Super Tucano, que podem efetivamente destruir drones.”
Brasil mantém sua política de proibir a venda de armas para ambos os lados na guerra da Ucrânia
No que diz respeito à inclusão de aeronaves leves como o Super Tucano da Força Aérea brasileira para combater drones e até mesmo derrubar mísseis, o coronel acredita ser uma ideia perfeita. Ele destaca que, no mínimo, o Super Tucano proporcionaria uma grande economia de combustível em comparação aos caças MiG-29 e F-16, tornando essa tarefa muito mais barata.
Por outro lado, o governo brasileiro mantém sua política de proibir a venda de armas para ambos os lados na guerra da Ucrânia. Assim, caso a sugestão do respeitado coronel seja acatada pela Força Aérea Ucraniana, é provável que o modelo seja construído sob licença nos Estados Unidos pela SNC, empresa parceira da Embraer que produz o Super Tucano sob licença naquele país.
No entanto, se o governo brasileiro vetar a exportação do Super Tucano, mesmo os produzidos no exterior, a Força Aérea Ucraniana precisará buscar outro modelo de aeronave leve para cumprir essa missão, e a Embraer perderá uma oportunidade de vender aeronaves militares e se fortalecer no mercado.
E você, combatente? Se fosse o governo, permitiria ou não que empresas privadas brasileiras pudessem vender armas para ambos os lados na guerra da Ucrânia? Comente aqui embaixo!