Rahman, de 34 anos, foi preso pelo FBI, semanas após documentos da CIA relacionados à segurança dos EUA aparecerem no aplicativo de mensagens Telegram. Ele admitiu ter acessado, removido e compartilhado informações confidenciais relacionadas aos planos de defesa de Israel para retaliar um ataque iraniano ocorrido em 1º de outubro de 2024.
Acusado de duas infrações à Lei de Espionagem, Rahman enfrenta uma sentença máxima de 10 anos de prisão por cada acusação. A sentença está marcada para 15 de maio de 2025. O procurador-geral adjunto, Matthew G. Olsen, afirmou que Rahman “traiu a confiança do povo americano ao compartilhar informações sensíveis que jurou proteger”.
Confissão de culpa do ex-analista da CIA e sentença prevista para 2025
Asif William Rahman, de 34 anos, declarou-se culpado de duas acusações de “retenção e transmissão intencional de informações confidenciais” de defesa nacional, conforme anunciou o Departamento de Justiça dos EUA na última sexta-feira (17/01/25). O julgamento, agendado para 15 de maio, pode culminar em uma sentença máxima de 10 anos de prisão por cada acusação, segundo o acordo judicial firmado.
O procurador-geral adjunto Matthew G. Olsen, reforçou que a confissão de culpa reflete a determinação do Departamento de Justiça em agir rapidamente contra aqueles que comprometem a segurança nacional dos EUA. O impacto geopolítico deste incidente ressalta a importância da proteção de informações confidenciais e as implicações de segurança nacional associadas a vazamentos não autorizados.
Veja também:
- Exército da Itália investe em poderoso sistema de defesa antiaérea: Skynex equipado com radar 3D e canhão de 35 mm é a nova arma contra drones e mísseis
- Exército da Argentina se une às Forças Armadas da Índia e da França para enfrentar o Aconcágua em uma expedição de patrulha histórica e desafiadora, a quase 7 mil metros acima do nível do mar
Documentos e impactos nas tensões Israel-Irã
Os documentos vazados, preparados pela Agência Nacional de Inteligência Geoespacial (NGA), revelaram movimentos militares de Israel relacionados a um ataque planejado contra o Irã. Segundo informações, os dados apareceram em um canal no Telegram em outubro, indicando que Israel mobilizava recursos em resposta a um ataque com mísseis balísticos lançado pelo Irã em 1º de outubro.
O ataque iraniano foi uma represália ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e de um alto funcionário militar iraniano. Como resposta, Israel conduziu ataques a várias localidades iranianas no final de outubro, intensificando as tensões regionais.
A NGA desempenha um papel estratégico nas operações secretas dos EUA, utilizando tecnologia avançada para análise de imagens e informações capturadas por satélites espiões. Rahman, funcionário da CIA desde 2016 com acesso a informações ultrassecretas, fotografou e compartilhou dois documentos classificados como “Top Secret” com indivíduos sem autorização. Essas ações expuseram detalhes sensíveis sobre planos militares de defesa de Israel contra o Irã, um aliado estratégico dos EUA.
Operação do FBI e prisão no exterior
Rahman foi preso pelo FBI no Camboja, em novembro, após ser identificado como responsável pelo vazamento. Ele teria acessado e impresso os documentos sigilosos antes de transmiti-los a terceiros. O caso destacou falhas no controle interno da CIA e as graves consequências do compartilhamento indevido de informações sigilosas em um cenário geopolítico já delicado.