Os fuzileiros navais dos EUA estão testando uma das mais avançadas tecnologias de combate já desenvolvidas: o NMESIS, um sistema de míssil antinavio lançado a partir de veículos remotos Oshkosh. Projetado para operar em terrenos desafiadores e cenários marítimos contestados, o NMESIS combina precisão, furtividade e mobilidade. Em testes recentes, os mísseis viajaram mais de 100 milhas náuticas para atingir alvos com alta precisão, demonstrando sua eficiência em situações de combate real. Essa inovação marca um avanço estratégico na modernização das forças militares, reforçando a capacidade dos EUA em lidar com ameaças globais em constante evolução.
No final de 2021, o 11º Regimento de Fuzileiros Navais, localizado em Camp Pendleton, recebeu o inovador Navy-Marine Expeditionary Ship Interdiction System (NMESIS).
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Testes rigorosos no Havaí confirmam a eficiência do NMESIS na Marinha dos EUA
Esse sistema já havia sido submetido a testes rigorosos meses antes, no Havaí, pelos fuzileiros do 1º Batalhão, 12º Regimento de Artilharia. Durante os testes, os militares dispararam dois mísseis NSM (Naval Strike Missile) que viajaram mais de 100 milhas náuticas até atingirem um alvo: um navio desativado da Marinha. Esses mísseis, projetados para seguir rotas não convencionais e evitar detecção, demonstraram uma precisão impressionante.
Além disso, os testes envolveram operações complexas, como o transporte do sistema em um avião C-130 do esquadrão VMGR-352 e o uso de veículos anfíbios LCAC para movimentação e transferência de dados. Esses exercícios comprovaram que o NMESIS pode ser eficaz em cenários reais de combate, garantindo agilidade e segurança.
Revolução tecnológica dos Fuzileiros Navais dos EUA
No coração do NMESIS está o ROGUE (Remotely Operated Ground Unit for Expeditionary), um veículo controlado remotamente, leve e projetado para operar em terrenos desafiadores. Criado a partir de um esforço iniciado em 2019, sob a liderança do General David Berger, esse sistema é uma resposta à necessidade de modernizar as forças de artilharia, transformando os fuzileiros dos EUA em uma unidade capaz de “caçar navios”.
O programa também reflete a preocupação em equipar os militares com armas que combinem precisão e furtividade. Os mísseis utilizados são capazes de evitar rotas previsíveis, dificultando a defesa do inimigo e maximizando as chances de sucesso nas missões.
Fuzileiros Navais moldam o futuro da artilharia
Nos próximos dois anos, o 11º Regimento de Fuzileiros Navais, conhecido como “Cannon Cockers”, terá um papel fundamental no desenvolvimento das táticas e procedimentos para o uso do NMESIS. A ideia é que essas práticas sirvam como base para as futuras unidades de artilharia.
Combinando o avanço tecnológico dos veículos Oshkosh e o poder dos mísseis antinavio, os fuzileiros navais estão se posicionando para enfrentar as ameaças do futuro. Esse investimento em inovação reflete a determinação dos EUA em manter sua liderança militar global, especialmente em regiões estratégicas como o Pacíficifico.