No coração de uma África em transformação, a tecnologia chinesa está redesenhando os céus e redefinindo as estratégias militares do continente. Por meio de uma troca estratégica da China que envolve petróleo e drones avançados, países como Nigéria, Sudão e Etiópia estão fortalecendo suas defesas enquanto enfrentam ameaças internas e regionais.
Esses veículos aéreos não tripulados, conhecidos por sua eficiência e custo acessível, estão moldando um novo cenário geopolítico, onde inovação e recursos naturais se encontram em uma parceria de impacto global.
China lidera exportação de drones e transforma a África em mercado estratégico
Nos últimos dez anos, a China ultrapassou os Estados Unidos como o maior exportador mundial de veículos aéreos não tripulados. Sua liderança nesse mercado é sustentada pela capacidade de produzir drones avançados, tanto armados quanto desarmados, com alta eficiência e menor custo. Esse cenário transformou o continente africano em um importante destino para essas tecnologias de ponta.
Drones chineses conquistam a África com tecnologia avançada
Especialistas militares africanos, como os citados pelo portal Military.africa, destacam que os drones chineses, como o Wing Loong I, são elogiados por seu alcance, facilidade de operação e preços competitivos. Avaliado em cerca de US$ 1 milhão, o Wing Loong I apresenta capacidades semelhantes ao Predator americano, podendo carregar mísseis e bombas convencionais. Não é à toa que mais de 400 drones chineses já estão operando em países como Argélia, Egito, Marrocos, Nigéria e Etiópia.
China fortalecem combate ao terrorismo na África com drones
Dentre os modelos mais procurados, o CH-4 destaca-se pela acessibilidade, enquanto o Wing Loong II, mais caro e avançado, ganhou espaço na Líbia como uma doação de países do Golfo. A Nigéria, por exemplo, utiliza esses drones para combater o grupo jihadista Boko Haram, trocando reservas de petróleo por acesso à tecnologia militar chinesa.