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Máfias italianas crescem na América Latina e já dominam rotas de drogas: prisão de líderes da ‘Ndrangheta e da Camorra revela a infiltração profunda na região e parcerias com cartéis colombianos

A nova rota da cocaína: a conexão entre a Itália e a Colômbia.

por Sérvulo Pimentel
22/01/2025
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As recentes capturas de narcotraficantes na Colômbia, ligados a organizações criminosas italianas como a Camorra e a máfia calabresa ‘Ndrangheta, revelam uma nova e preocupante realidade: o crescente poder das máfias italianas na América Latina.

Nomes como Massimo Gigliotti, alto membro da ‘Ndrangheta; Gustavo Nocella, conhecido como Ermes, um dos traficantes de drogas mais procurados do mundo e principal elo entre as máfias italiana e sul-americana; e Luigi Belvedere, mais conhecido como El Colombiano, procurado em mais de 196 países, exemplificam a presença crescente desses grupos criminosos em nosso continente.

Esse fenômeno, que já preocupa autoridades de segurança globais há décadas, ganhou novas dimensões com a intensificação das parcerias entre essas organizações criminosas e grupos armados ilegais locais. A ‘Ndrangheta, originária da Calábria, é hoje uma das maiores organizações criminosas do mundo, especializada no tráfico internacional de cocaína. A Camorra, baseada na Campânia, opera com uma estrutura fragmentada, mas igualmente eficiente no controle de mercados ilegais. Ambas utilizam a Colômbia como base estratégica para suas operações.

As informações foram divulgadas pela Infobae e jogam luz sobre a expansão de um poder paralelo que ameaça a estabilidade da região.

Uma rede de alcance global

As prisões recentes reforçam o que já vinha sendo investigado pelas autoridades internacionais: as máfias italianas estão aprofundando seus laços com o narcotráfico sul-americano. O caso de Massimo Gigliotti é emblemático. Alto membro da temida ‘Ndrangheta, Gigliotti era responsável por supervisionar uma rota de tráfico de drogas que conectava a América do Sul à Europa. De acordo com fontes citadas pela Infobae, sua captura em um esconderijo na Colômbia revelou detalhes de uma aliança estratégica com cartéis colombianos.

Na imagem, Gustavo Nocella, vulgo Ermes, o chefe italiano com uma circular da Interpol que foi capturado em Medellín. (Crédito da Polícia Nacional)

Outro nome de peso é Gustavo Nocella, conhecido no mundo do crime como “Ermes”. Segundo a Infobae, ele é descrito como o principal elo entre os clãs da máfia italiana e as organizações criminosas sul-americanas. Nocella foi capturado após uma investigação conjunta que rastreou sua participação em negociações bilionárias envolvendo remessas de cocaína para a Europa.

Por fim, Luigi Belvedere, o infame “El Colombiano”, tem sua história ligada ao fornecimento de drogas para os clãs da Camorra e da ‘Ndrangheta. Sua conexão com os cartéis colombianos é considerada um dos pilares do tráfico transatlântico. Procurado em mais de 196 países, Belvedere foi preso em uma operação que envolveu forças policiais de várias nações, também de acordo com Infobae.

A estratégia da infiltração

Segundo reportagem da Infobae de 31 de dezembro, as máfias italianas adotaram uma estratégia sofisticada para consolidar sua presença na América Latina. A ‘Ndrangheta, por exemplo, utiliza intermediários como Nocella para negociar diretamente com os principais cartéis colombianos, garantindo o controle das rotas de distribuição para a Europa.

“As máfias italianas não estão apenas comprando drogas. Elas estão gerenciando toda a cadeia logística, desde a produção até a entrega nos mercados europeus”, destacou um investigador anônimo à Infobae. Essa rede bem estruturada permitiu que a ‘Ndrangheta acumulasse lucros bilionários, consolidando-se como uma das organizações criminosas mais ricas do mundo.

Impacto econômico e social

Além do tráfico de drogas, as máfias italianas têm grande impacto na economia local dos países onde atuam. Na Colômbia, por exemplo, essas organizações investem em setores como construção civil, turismo e comércio, utilizando o dinheiro ilícito para adquirir empresas e propriedades. Esse tipo de operação não apenas distorce os mercados econômicos, mas também dificulta o rastreamento do dinheiro sujo, tornando o combate ao crime organizado ainda mais desafiador.

As capturas fazem parte das operações contra ‘traficantes de drogas invisíveis’ que se escondem e operam a partir da Colômbia. (Crédito @FightstarTV / Youtube, Exército Nacional, @poliziadistato/X e @DIJINPolicia/X)

Especialistas alertam que a infiltração dessas máfias em mercados legais pode levar ao aumento da corrupção e à deterioração das instituições democráticas. Isso ocorre porque o poder econômico dessas organizações frequentemente resulta em pressões ou subornos a agentes públicos e autoridades locais.

Estratégias de combate ao crime organizado

O enfrentamento das máfias italianas exige uma abordagem global, com cooperação internacional como elemento central. Países europeus e latino-americanos têm intensificado o compartilhamento de informações, o uso de tecnologias avançadas e o treinamento de forças de segurança para desmantelar as redes criminosas.

Na Colômbia, operações recentes têm focado na desarticulação das cadeias de comando das máfias e na identificação de seus aliados locais. No entanto, especialistas apontam que é fundamental priorizar os grandes líderes dessas organizações, em vez de se concentrar apenas nos executores de baixo escalão. Essa abordagem mais estratégica pode gerar um impacto mais profundo e duradouro no combate ao narcotráfico.

Ainda na Colômbia, as operações contra figuras como Gigliotti, Nocella e Belvedere são apenas a ponta do iceberg. “Estamos lidando com uma organização global, que não se limita a um país ou região. Isso exige um esforço internacional coordenado”, afirmou um porta-voz da Interpol em declaração reproduzida pela Infobae.

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