A área de segurança privada é ampla e exige desafios constantes. Antes de mais nada, é importante pontuar que melhorias, assim como o aumento do piso salarial, detalhes sobre escolaridade e equipamentos que serão obrigatórios para o exercício da função, podem ser alterados em breve. As modificações deverão ocorrer por meio da Lei Orgânica de Segurança Privada, de autoria da deputada Rosângela Reis – PL/MG.
Sobre o porte de armas, o documento também esclarece como será o uso e quais serão as regras para que o vigilante consiga utilizar o equipamento. No que se refere ao trabalho individual, o Projeto de Lei traz a possibilidade e necessidade, a depender da função, de trabalho em dupla. O PL também esclarece sobre prisão especial. Confira mais detalhes aqui.
Mas, qual área é considerada a pior no campo de atuação da segurança privada?
Área mais difícil na segurança privada
Como se sabe, a área de segurança abrange inúmeras atividades, como supervisor, fiscal, vigilante, controlador de acesso, porteiro e muitas outras que fazem parte da segurança privada. É importante esclarecer que, para atuar na função de vigilante, é necessário realizar o curso de formação de vigilante e conquistar a CNV – Carteira Nacional de Vigilantes, cumprindo os requisitos e o banco de horas nos cursos específicos.
Vale lembrar que, para se destacar no mercado, é fundamental realizar cursos específicos, treinamentos e não esquecer de renovar o documento sempre que necessário, para evitar problemas nas funções. Mas qual a pior área de atuação da segurança privada?
De acordo com levantamentos de especialistas e profissionais do mercado, a área de escolta armada é considerada a pior dentro da categoria. Poucas empresas fornecem esse serviço devido à logística complicada, já que é necessário atender todo o Brasil, por exemplo. Além disso, outras características explicam essa situação. É preciso que o carro conte com dois profissionais, e a condição de trabalho também não é das melhores.
Condições de trabalho
Em sua grande maioria, a empresa opta por veículos que consomem menos combustível para reduzir custos. Além disso, os veículos frequentemente não têm ar-condicionado. A diária paga pelas empresas para que o profissional em serviço custeie as alimentações é muito baixa, cerca de R$ 100, segundo profissionais da área.
Devido à responsabilidade, alta pressão e estresse, esses profissionais estão no ranking dos que mais enfrentam problemas físicos e psicológicos. Outro desafio é a carga horária excessiva, necessária para acompanhar os veículos que transportam cargas de alto valor.
Os vigilantes de escolta armada precisam competir com motoristas profissionais, o que aumenta os riscos e a exaustão. Situações como a necessidade de parar em blitz, por exemplo, em que o profissional de escolta armada precisa ficar em vigilância até que o caminhão de carga seja liberado, são pontos que intensificam a exaustão física e mental.
A equipe que trabalha em escolta armada se ausenta com maior frequência de casa, especialmente em situações em que a empresa emenda viagens e precisa da equipe em ação.
Os riscos da estrada e as dificuldades para encontrar um local seguro para manutenção da viagem são outros problemas enfrentados, sem contar que a vigilância deve ser constante, não apenas pela própria vida, mas também pela carga em trânsito. A equipe de escolta ainda lida com problemas logísticos, veículos, insegurança nas estradas, ausência de local adequado para dormir, entre outros fatores.
Salário da área segurança privada
Devido aos riscos e às condições de trabalho, a remuneração é ajustada, mas os principais problemas enfrentados são insegurança, blitz, desvios na estrada e acidentes. Como a carga horária é variável, dependendo das condições da rota, podem ser geradas horas extras, o que proporciona uma adição salarial no final do mês.
Como a carga não pode ser transportada à noite, a escolta precisa vigiar a carga, o que gera mais horas extras por adicional noturno. O salário pode dobrar ou até triplicar o valor base, mas a remuneração não é fixa. Valor pode chegar a R$ 12 mil.
Apesar das remunerações mais altas em comparação com outros cargos, o profissional, na maioria das vezes, trabalha sozinho, com apoio remoto da base, o que aumenta a dificuldade. Problemas como falta de sinal de celular ou outras situações fazem com que essa área seja considerada a mais difícil de atuar, especialmente em relação à atenção, vigilância constante e vulnerabilidade do profissional.