Com a ascensão de Donald Trump à presidência dos EUA, a dinâmica global experimentou reajustes significativos. Uma das respostas mais notáveis a essa nova liderança norte-americana foi a aproximação entre Rússia e China, exibida enfaticamente por meio de ações diplomáticas realizadas logo após a posse de Trump. Esta aliança estratégica entre os dois países parece concebida para lidar com as novas condições geopolíticas introduzidas pela presidência de Trump.
Um dos primeiros movimentos significativos ocorreu um dia após Trump tomar posse, com uma videochamada entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Xi Jinping. Essa comunicação destacou a aliança robusta e cooperativa entre Rússia e China, e estabeleceu sua estratégia comum em resposta à nova administração dos EUA.
- Putin e Xi Jinping enfatizaram seus “fortes laços pessoais” e sublinharam que sua cooperação estratégica persistirá independentemente do “atual ambiente internacional”. Esta declaração sugere uma determinação conjunta de resistir a pressões externas e continuar promovendo seus interesses comuns.
Durante a chamada, Vladimir Putin destacou que os dois países estão unidos na promoção de uma “ordem global mais justa e multipolar” e estão comprometidos com a segurança indivisível na Eurásia e globalmente. Este enfoque revela uma intenção clara de transferir o eixo de poder da linha predominante liderada pelos Estados Unidos para uma estrutura global mais equilibrada e distribuída.
Proatividade de Xi Jinping
Por sua vez, Xi Jinping reiterou seu compromisso de intensificar a relação com a Rússia, sinalizando estabilidade e resiliência em tempos de incerteza internacional. Esta abordagem acentua a importância de uma aliança segura entre as duas nações, capaz de resistir ao impacto das políticas externas agressivas que podem surgir sob a liderança de Trump.
Nesse cenário de fortaleza mútua, destacadamente, Xi Jinping anteriormente teve um diálogo direto com Donald Trump, abordando questões complexas como o comércio bilateral e as regulamentações contra apps chineses como o TikTok. A conversa procurou acentuar a disposição chinesa em cultivar uma relação construtiva com os EUA, baseada no respeto recíproco, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica.
Enquanto isso, Vladimir Putin também manifestou interesse em reestabelecer a linha de comunicação com os EUA sob a nova presidência de Trump, procurando dissipar tensões oriundas da era Biden e estabelecendo um canal para um diálogo renovado.
Desafios da nova geopolítica
Esses movimentos refletem a esperteza diplomática de Rússia e China em recalibrar suas estratégias para mitigar incertezas e capitalizar em potenciais aliados estratégicos com Donald Trump. Sob a liderança de Trump, tanto Moscou quanto Pequim buscam capitalizar em possibilidades de negociações mais favoráveis que possam diluir as tensões existentes, tais como a questão ucraniana, que persiste como um ponto crucial na agenda internacional de Putin.
A aproximação de Rússia e China após a posse de Donald Trump simboliza uma evolução significativa no eixo das relações internacionais, uma jogada estratégica calibrada para equilibrar a geométrica do poder global e mitigar as imprevisíveis variações políticas introduzidas pela liderança norte-americana contemporânea.