Brasil e Reino Unido se unem em exercício global de defesa cibernética
A guerra digital já começou, e o Brasil está na linha de frente! O Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) do Exército Brasileiro participa do Defence Cyber Marvel 4 (DCM4), um dos mais sofisticados exercícios internacionais de guerra cibernética. Coordenado pelo Exército do Reino Unido, o evento, que acontece de 23 a 28 de fevereiro de 2025, tem sede em Seul, na Coreia do Sul. No entanto, a equipe mista de Brasil e Reino Unido presente nesse exercício de defesa atua remotamente a partir do Forte Marechal Rondon, em Brasília-DF.
O que é o Defence Cyber Marvel 4?
O DCM4 é uma competição de alto nível que reúne forças militares, agências governamentais e especialistas internacionais. O objetivo é sobretudo testar as habilidades dos participantes contra ameaças cibernéticas reais. Além disso, os participantes buscam aprimorar a capacidade de prevenção, resposta e neutralização de ataques digitais, cada vez mais frequentes em um mundo hiperconectado.
Essa participação não é apenas um treinamento. Na verdade, faz parte de uma estratégia maior: fortalecer o Brasil como uma potência em defesa cibernética. No cenário atual, onde hackers, espionagem digital e ataques contra infraestruturas críticas se tornaram armas de guerra, o Brasil precisa estar preparado.
Parceria estratégica e a busca por reconhecimento
A cooperação entre Brasil e Reino Unido no setor de defesa reforça os laços diplomáticos e a troca de expertise. Além disso, coloca o país sobretudo em um patamar global de defesa digital. No entanto, existe um debate sobre o real investimento do Brasil nessa área.
Enquanto nações como Reino Unido, EUA e China investem bilhões em segurança cibernética, o Brasil ainda enfrenta desafios estruturais e burocráticos. De acordo com especialistas, o país precisa de mais recursos, profissionais especializados e estratégias agressivas para enfrentar ameaças digitais de grandes potências e grupos criminosos.
Afinal, de que adianta participar de exercícios de alto nível se não houver um plano sólido para implementar essas defesas internamente?
Brasil: um gigante digital acordando?
Apesar dos desafios, a presença do Brasil no Defence Cyber Marvel 4 é um sinal claro de que o país não pretende ficar para trás na corrida pela supremacia digital. Com a crescente dependência de redes digitais, a próxima guerra pode não ser travada com tanques e aviões, mas sim com linhas de código e inteligência artificial. O Brasil precisa sobretudo estar pronto para esse cenário.
A pergunta que fica: estamos investindo o suficiente para transformar essa experiência em uma vantagem real ou continuaremos apenas como espectadores em um jogo dominado pelas potências digitais?