O Comandante da Marinha, Almirante Marcos Sampaio Olsen, publicou um artigo no Correio Braziliense nesta segunda-feira, 6 de março, como forma de exaltar o trabalho desempenhado pelos fuzileiros navais, cujo dia comemorativo acontece em 7 de março.
Intitulado Fuzileiros navais: na paz ou na guerra, o mesmo da campanha institucional lançada pela Força Naval no dia 1º de março, o artigo de Olsen enumera as contribuições dos fuzileiros navais em episódios como as inundações o Rio Grande do Sul, segurança da Terra Indígena Yanomami e operações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) nos portos, mas aproveita para avaliar a situação da defesa no mundo.
“Os reptos a serem enfrentados pelos Combatentes Anfíbios de hoje não são menores que os de sempre. A segurança internacional se vê sob grave risco. Os países têm aumentado significativamente os gastos militares, buscando dotar as Forças Armadas condizentes com o grau da ameaça”.
O Comandante da Marinha ainda reforçou que, no Brasil, devido à “baixa percepção de ameaça” associada à “acanhada mentalidade de defesa”, há “desafios consideráveis na busca contínua por obter e manter capacidades compatíveis com a estatura política estratégica do país” e citou o processo de reestruturação pelo qual passa o Corpo de Fuzileiros Navais visando a um alto grau de autonomia tecnológica. Um dos derivados do processo foi a criação de 5 Batalhões de Operações Litorâneas, noticiado pelo portal Revista Sociedade Militar.
O Almirante também destacou a parceria com a indústria nacional que permitiu o primeiro lançamento, a partir de terra, do míssil antinavio nacional (Mansup), que equipará as fragatas Classe Tamandaré.
“A flexibilidade de lançamento, a partir do mar ou de terra, desse moderno armamento, de fabricação nacional, incrementará sensivelmente a capacidade dissuasória da Marinha”.
O Correio Braziliense é um dos maiores jornais do Brasil e alcançou em janeiro de 2025 a marca de 17,9 milhões de visualizações, segundo o site independente SimilarWeb. O portal foi o mesmo escolhido pelo ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, para defender num artigo publicado em 2 de fevereiro o fim da presença dos militares das Forças Armadas na política.