O Exército autorizou a assinatura da carta de oferta e aceitação referente à aquisição de mísseis Javelin FGM-148F dos Estados Unidos, em processo de compra desde 2021. O despacho decisório, de 26 de fevereiro, foi divulgado no Boletim da Força Terrestre nesta sexta-feira, 28 de fevereiro.
Além dos mísseis, o Exército também está adquirindo simuladores, ferramental, equipamentos de apoio, manuais, peças de reposição, treinamento e outros serviços relacionados à compra, que integra o escopo do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas que, por sua vez, faz parte do Plano Estratégico do Exército 2024-2027.
Apesar do despacho não referenciar a quantidade de mísseis, o Comandante do Exército, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, já havia adiantado no dia 16 de dezembro, durante inauguração da 1ª Companhia Anticarro Mecanizado, que seriam 100 projéteis.
“Estamos em tratativas. O Javelin chega no ano que vem ou no próximo”, disse na ocasião.
Produzido pela Lockheed Martin, o Javelin é considerado o principal sistema antiblindagem de ombro do mundo e se guia automaticamente até o alvo após o lançamento, permitindo que o artilheiro se proteja e evite o contrafogo.
Segundo a fabricante, o míssil tem alcance de 65 metros a 4 mil metros, pesa 15,5 kg, tem comprimento de 119,8 cm, taxa de prontidão superior a 99% e taxa de confiabilidade de 94%.
Com mais de 20 anos de existência, o Javelin integra as Forças Armadas dos Estados Unidos e de outros 19 países aliados e tem previsão de operar pelo menos até o ano de 2050, devido ao seu programa de atualização recorrente.
Além do Javelin, o Exército também adquiriu o míssil israelense Spike LR-2 e dispõe do brasileiro Max 1.2 AC, fabricado pela SIATT, no Vale do Paraíba.