A França está revolucionando sua defesa naval com um ambicioso plano de modernização da Marinha. Com investimentos estratégicos e tecnologia de ponta, o país busca reforçar sua frota e elevar sua capacidade operacional. A modernização inclui submarinos de última geração, fragatas avançadas e aeronaves sofisticadas, garantindo uma força marítima mais eficiente e preparada para os desafios do futuro, Conforme estabelecido na Lei de Programação Militar (LPM) 2024-2030 e publicado anteriormente no site Poder Naval.
Além de fortalecer a segurança nacional, esse investimento posiciona a França como uma potência naval ainda mais influente no cenário global. A renovação da Marinha aprimora a defesa e impulsiona a inovação tecnológica e a cooperação internacional. Esse avanço consolida o compromisso francês com uma estratégia naval moderna e eficaz para os próximos anos.
Investimentos estratégicos para o futuro da Marinha Francesa
O programa de modernização da Marinha Francesa se baseia em quatro pilares fundamentais: fortalecimento da dissuasão nuclear, preparo para conflitos de alta intensidade, proteção dos interesses nacionais em territórios franceses e ampliação das parcerias internacionais. Para atingir esses objetivos, vários projetos de grande porte estão em andamento, incluindo novas embarcações e sistemas de defesa avançados.
O destaque fica para o Porta-aviões de Nova Geração (PANG), que substituirá o Charles de Gaulle. Esse novo navio será movido a propulsão nuclear e pesará cerca de 75.000 toneladas. A construção está programada para iniciar ainda este ano de 2025, com previsão de entrada em operação em 2038.
Outro ponto crítico do planejamento é a aquisição de Submarinos Nucleares Lança-Mísseis de 3ª Geração (SNLE 3G). A substituição da atual classe Triomphant por quatro novas embarcações está prevista para começar em 2035.
Veja também:
- FAB revoluciona o combate a incêndios com tecnologia inédita: o KC-390 agora opera com o inovador sistema CAFFS, tornando a resposta de contenção ao fogo mais rápida e eficiente
- Revolução na indústria de defesa nacional: Brasil investe R$ 112,9 bilhões nos planos da Marinha, Exército e Aeronáutica para alcançar 75% de soberania tecnológica até 2033
Renovação da frota e reforço tecnológico contarão com novos navios e modernização da esquadra de submarinos
Para fortalecer suas capacidades operacionais, a Marinha da França também está investindo em novos modelos de fragatas e patrulheiros oceânicos. As Fragatas de Defesa e Intervenção (FDI), da classe Amiral Ronarc’h, que seriam entregues a partir de 2024, tiveram ajustes nos cronogramas de entrega. Já os Patrulheiros Oceânicos (Patrouilleurs Hauturiers) contarão com sete novos navios entre 2026 e 2029, com três adicionais até 2035.
Outro reforço significativo é a modernização da esquadra de submarinos da França. Os Submarinos de Ataque Classe Barracuda, movidos a energia nuclear, substituirão a classe Rubis. Serão seis embarcações, com o último submarino previsto para entrar em serviço em 2030.
Para manter sua capacidade logística, três Navios Reabastecedores de Força (BRF), da classe Jacques Chevallier, serão entregues até 2027, garantindo suporte operacional em missões de longa distância.
Avanços em armamentos e aviação naval para modernizar o sistema de defesa da Marinha francesa
No quesito armamentos, a modernização da Marinha Francesa inclui a adoção de novos mísseis e sistemas de defesa. Os mísseis Aster 30 B1 NT serão integrados para reforçar a defesa antiaérea e antimísseis balísticos. Além disso, os mísseis de cruzeiro MdCN serão adicionados às fragatas da classe Aquitaine e aos submarinos da classe Barracuda.
A Marinha Francesa está implementando um plano de modernização que inclui a introdução de três aeronaves E-2D Advanced Hawkeye para substituir os modelos E-2C a partir de 2030. Além disso, 18 aeronaves de patrulha marítima Atlantique 200 estão sendo atualizadas para o padrão “Standard 6”, estendendo sua operação até 2035. Essas iniciativas visam fortalecer as capacidades operacionais da Marinha Francesa, garantindo que o país mantenha sua influência estratégica nos mares, melhore sua defesa e amplie sua projeção global.