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Marinha do Brasil e Forças Armadas da França encerram com grande demonstração a operação “Jeanne d’Arc 2025” com simulação de evacuação e desembarque militar em Fortaleza

Exercício contou com 1.200 militares, navios de guerra, blindados anfíbios, helicópteros e mísseis brasileiros em simulação realista de operação em área de conflito

por Alves
26/03/2025
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Operação “Jeanne d’Arc 2025”

Militares da Marinha do Brasil e das Forças Armadas da França encerraram, nesta terça-feira (25), a etapa brasileira da operação combinada “Jeanne d’Arc 2025”. A atividade culminou com uma operação anfíbia de grande porte na Praia Mansa, localizada na região metropolitana de Fortaleza (CE). A manobra foi uma simulação de evacuação de não-combatentes em território hostil, reunindo meios navais, terrestres e aéreos dos dois países.

O exercício envolveu aproximadamente 1.200 militares, sendo 600 brasileiros e 600 franceses, além de equipamentos modernos como navios de guerra, veículos blindados, embarcações de desembarque e aeronaves. A ação teve como objetivo principal aumentar a interoperabilidade entre as forças envolvidas e reforçar os laços diplomáticos e militares entre Brasil e França.

Entre os destaques da operação estavam o Navio Doca Multipropósito (NDM) “Bahia”, da Marinha do Brasil, e o Porta-Helicópteros Anfíbio “Mistral” (L9013), da Marinha Francesa. Também participaram a Fragata “Surcouf” (F711), o Carro Lagarta Anfíbio (CLAnf), a aeronave UH-15 “Super Cougar” e embarcações catamarãs francesas do tipo EDA-R e EDA-S, capazes de transportar até 80 toneladas.

A simulação foi acompanhada por autoridades, imprensa e convidados, e incluiu o desembarque de tropas, instalação de um centro de evacuação e atendimento humanitário. As atividades foram executadas com alto grau de realismo, criando um ambiente semelhante ao de uma operação militar em zona de risco.

Exercício internacional testou evacuação de civis em cenário simulado de crise com participação de meios aéreos, terrestres e navais do Brasil e França

O Comandante de Operações Navais da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Cláudio Henrique Mello de Almeida, destacou a versatilidade do NDM “Bahia” como ponto forte da operação. Segundo ele, “esse tipo de navio tem sido uma opção para várias Marinhas do mundo, pois ele permite o emprego em diversos tipos de ambiente. Ele pode atuar, como aqui nesse exercício, em uma situação de possível conflito, mas pode também ser usado em operações humanitárias e de apoio à Defesa Civil”, explica.

O Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante de Esquadra (Fuzileiro Naval) Carlos Chagas Vianna Braga, ressaltou a importância da operação para manter a prontidão operativa da força anfíbia brasileira. Ele frisou que o deslocamento das tropas do Rio de Janeiro até Fortaleza, a bordo de meios navais, demonstra a capacidade expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e o valor de treinar com parceiros estratégicos, como a França.

“O CFN é a força estratégica de pronto emprego, de caráter anfíbio e expedicionário da MB. Esse tipo de exercício desloca as tropas do Rio de Janeiro, uma das nossas bases principais, até Fortaleza, embarcados em navio da nossa Força. Isso é prontidão operativa, capacidade expedicionária e capacidade anfíbia. Além disso, conseguimos executar isso tudo em uma operação combinada com um parceiro estratégico importante para nós, como é a França”, afirma.

Já o Adido de Defesa da França, Capitão de Mar e Guerra Matthieu Dejour, destacou que a parceria entre os dois países vai além da operação “Jeanne d’Arc”. Ele lembrou do programa de construção de submarinos em Itaguaí (RJ) e das iniciativas conjuntas na área de segurança marítima como exemplos da cooperação contínua entre França e Brasil.

“Existe o programa de construção de submarinos em Itaguaí, no Rio de Janeiro, além disso temos uma ação que trata da segurança marítima e hoje estamos vendo essa parceria na área das operações anfíbias. Essa operação tem benefícios mútuos, é uma possibilidade de treinar e aprender com as tropas anfíbias brasileiras”, lembra.

A manobra na Praia Mansa teve como ponto central uma simulação de evacuação de não-combatentes — civis ou militares desarmados — de uma área sob instabilidade. A missão envolveu verificação de segurança por tropas especiais, desembarque de blindados e montagem de um centro de controle para triagem e embarque dos evacuados.

Míssil brasileiro MANSUP é transportado por aeronave da FAB e utilizado em ação inédita com sistema ASTROS durante operação na Praia Mansa

Um dos destaques tecnológicos foi o emprego do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP), produzido no Brasil, em conjunto com o sistema ASTROS. A viatura foi transportada de forma inédita pela aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira, reforçando a versatilidade do armamento, que pode ser deslocado por terra, mar e ar.

As primeiras ações da operação incluíram a aproximação de tropas especiais pelo mar, responsáveis por verificar as condições de segurança do local de desembarque. Após a liberação, os CLAnf foram lançados ao mar pelo NDM “Bahia”, formando uma coluna blindada que avançou sob uma cortina de fumaça branca para dificultar a visibilidade de possíveis adversários.

Paralelamente, embarcações pneumáticas versáteis chegaram à costa para avaliação inicial da praia e identificação de riscos. Essas embarcações são utilizadas tanto em missões de combate quanto em operações humanitárias devido à sua leveza e facilidade de operação em diversos terrenos.

Após o desembarque, os militares brasileiros e franceses iniciaram a evacuação dos simulados não-combatentes. Os civis foram levados até o Centro de Controle de Evacuados, onde passaram por triagem, receberam atendimentos médicos iniciais e tiveram bagagens conferidas antes do embarque nos veículos.

Operação contou com helicóptero UH-15, embarcações EDA-R e EDA-S e centro de evacuação com triagem, intérpretes, segurança e apoio da embaixada

O helicóptero UH-15 “Super Cougar” da Marinha do Brasil também teve papel importante na ação, realizando sobrevoos estratégicos e estando preparado para atuar em situações onde o resgate por terra fosse inviável. A aeronave é utilizada em missões de evacuação médica, apoio a operações especiais e busca e salvamento.

A operação foi finalizada com a chegada à praia das embarcações tipo catamarã EDA-R e EDA-S, da Marinha Nacional da França, transportando tropas brasileiras e francesas. Esses meios têm alta capacidade de carga e foram fundamentais para o deslocamento seguro dos militares durante o exercício.

Durante a simulação, os militares montaram uma estrutura de atendimento com equipes de saúde, intérpretes, apoio da embaixada e controle de imigração local. O objetivo foi criar um ambiente realista de evacuação, com todas as etapas necessárias para garantir segurança e assistência aos civis.

A informação foi divulgada por agencia.marinha.mil.br, órgão oficial da Marinha do Brasil responsável pela comunicação institucional das atividades da força naval. A operação “Jeanne d’Arc” é realizada anualmente e envolve diversas etapas em diferentes países, com foco no treinamento conjunto e na troca de experiências.

O exercício reforça o compromisso da Marinha do Brasil com a preparação constante de suas tropas e o fortalecimento da presença estratégica em cenários marítimos e litorâneos. A cooperação com as Forças Armadas da França representa mais um passo no aprofundamento das relações entre os dois países na área de defesa.

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