O Congresso Nacional destravou as ações do governo federal que estavam represadas devido à falta de aprovação do orçamento 2025, entre elas o reajuste salarial dos militares das Forças Armadas.
A proposta orçamentária de R$ 5,7 trilhões, que deveria ter sido votada em dezembro de 2024, foi aprovada nesta quinta-feira, 20 de março, e segue para sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
O reajuste de 100% dos servidores públicos civis foi apresentado em 31 dezembro pelo governo federal por meio de uma MP (Medida Provisória), que exige aprovação e sanção do orçamento para que tenha validade. Entretanto, assim que aprovado o reajuste será retroativo.
Já no caso dos militares do Exército, Marinha e Aeronáutica foi negociado um reajuste salarial de 9%, dividido em 2 parcelas, sendo 4,5% em abril de 2025 e outros 4,5% em 2026, que também servirá para inativos e pensionistas. A negociação aconteceu entre agosto e setembro de 2024 entre o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o presidente Lula e os Comandantes das Forças Armadas e foi revelada pela jornalista Geralda Doca, de O Globo.
Entretanto, diferente do caso dos civis, o governo nunca se manifestou publicamente sobre o reajuste dos militares. O portal Revista Sociedade Militar entrou em contato com o Ministério da Defesa, mas a pasta disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não tinha previsão de responder aos questionamentos.
Tirando o aumento de gratificações para militares em 2023, que beneficiou o alto escalão, a última vez em que os integrantes das Forças Armadas tiveram aumento foi durante o governo Dilma Rousseff.