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Corrida quântica começa: Brasil aposta R$ 5 bilhões para disputar liderança na guerra tecnológica mundial.

Plano nacional ambicioso reúne investimentos públicos e privados, capacitação de profissionais e infraestrutura de ponta para posicionar o Brasil entre líderes em computação quântica, fortalecendo a soberania tecnológica e atraindo talentos que antes migravam em busca de oportunidades no exterior.

por Alisson Ficher
21/04/2025
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Com a promessa de um futuro mais soberano e inovador, o Brasil se prepara para investir R$ 5 bilhões em computação quântica até 2034.

Esta medida visa impulsionar o desenvolvimento de uma das tecnologias mais promissoras do mundo e colocar o país na vanguarda da inovação tecnológica.

No coração desse ambicioso projeto, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) planeja transformar o Brasil em um hub global de pesquisa quântica.

O plano, que será oficialmente lançado entre maio e junho de 2025, busca não apenas acelerar a criação de infraestruturas de ponta, mas também fomentar a formação de profissionais altamente especializados, com foco na construção de um ecossistema robusto para pesquisa, sensoriamento e processamento quântico.

De acordo com o coordenador de fomento à inovação da pasta, Ulisses Martins Rosa, a computação quântica será um dos maiores pilares da transformação tecnológica no Brasil, capaz de gerar avanços significativos em áreas como inteligência artificial, criptografia e farmacologia.

A proposta que está sendo desenvolvida, envolve a combinação de esforços públicos e privados e terá um impacto significativo na economia brasileira nos próximos anos.

O Planejamento de Investimentos: R$ 5 Bilhões até 2034

Conforme divulgado em reportagem da Folha de S.Paulo, a previsão de investimento do governo é dividida em duas fases: entre 2025 e 2029, serão aplicados R$ 3 bilhões.

Desses, R$ 1,7 bilhão será direcionado para a construção de infraestrutura de alta performance, como centros de pesquisa e novos equipamentos tecnológicos.

Outros R$ 300 milhões serão destinados à formação de profissionais especializados, que se tornarão o alicerce desse setor inovador.

Já o desenvolvimento de tecnologias para sensoriamento e processamento quântico receberá R$ 500 milhões cada, para permitir avanços significativos na utilização prática dessa ciência.

Entre 2030 e 2034, o restante dos recursos, R$ 2 bilhões, será utilizado para consolidar ainda mais a infraestrutura e ampliar o impacto da computação quântica nas diversas áreas da sociedade.

Além disso, espera-se que essa quantia seja suficiente para criar um ambiente capaz de atrair empresas e startups que trabalhem diretamente com as tecnologias emergentes.

O Desafio da Computação Quântica

A computação quântica é uma das fronteiras mais promissoras da ciência mundial, mas também é um campo repleto de desafios técnicos.

Ao contrário dos computadores tradicionais, que processam informações usando bits, os computadores quânticos utilizam qubits, que têm a capacidade de representar múltiplos estados simultaneamente.

Isso lhes permite resolver problemas complexos de forma muito mais rápida e eficiente que os modelos tradicionais.

Entretanto, a manipulação de qubits é extremamente difícil.

Os qubits são extremamente instáveis e exigem condições especiais para operar, como temperaturas próximas ao zero absoluto, além de estarem isolados de luz e radiação para evitar interferências.

Esses requisitos tornam o desenvolvimento da computação quântica um verdadeiro desafio de engenharia e infraestrutura.

Em nível mundial, países como Estados Unidos, China e membros da União Europeia já estão investindo fortemente na área.

O Brasil, embora ainda com um cenário emergente, tem a chance de se posicionar como um centro importante de pesquisa e desenvolvimento, especialmente com a parceria do setor privado.

O Impacto da Computação Quântica em Diversos Setores

A computação quântica tem o potencial de revolucionar diversas áreas da ciência e da tecnologia.

Em inteligência artificial, por exemplo, pode-se esperar avanços significativos em aprendizado de máquina, o que permitiria o desenvolvimento de sistemas ainda mais precisos e autônomos.

Na área de criptografia, ela promete criar algoritmos impenetráveis, garantindo maior segurança para dados sensíveis.

Outro setor que se beneficiaria imensamente dessa tecnologia é o farmacêutico.

A computação quântica pode acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias, já que permite a análise de moléculas com uma precisão muito maior do que é possível atualmente.

A indústria de logística também pode experimentar uma revolução, com a otimização de rotas e fluxos de transporte de forma que antes era impensável.

O Brasil e a Retenção de Talentos

O plano do governo não é apenas focado em investimentos em infraestrutura, mas também em atrair e reter talentos no Brasil.

Nos últimos anos, o país tem perdido diversos profissionais altamente qualificados para o exterior, especialmente na área de tecnologia.

Com a computação quântica ganhando destaque, o governo busca reverter essa fuga de cérebros, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de pesquisas no Brasil.

Ulisses Martins Rosa, que lidera a iniciativa, afirmou que o governo brasileiro está determinado a criar um ecossistema de inovação capaz de atrair pesquisadores e cientistas que hoje optam por buscar oportunidades em países como os Estados Unidos e a Alemanha.

Além disso, o Brasil também planeja fomentar a formação de novos cientistas e engenheiros através de parcerias com universidades e centros de pesquisa.

A Infraestrutura Atual e as Expectativas para o Futuro

Atualmente, o Brasil conta com apenas dois computadores quânticos de uso educacional, localizados na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no Senai-SP.

Embora esses dispositivos sejam essenciais para o aprendizado e desenvolvimento de novos profissionais, eles estão longe de serem suficientes para atender às demandas de um projeto de computação quântica de grande escala.

Para que o Brasil se posicione como um líder na área, será necessário muito mais que novos computadores.

A infraestrutura de pesquisa, os investimentos em centros de excelência e a formação de uma rede colaborativa de cientistas e engenheiros são fundamentais para o sucesso dessa empreitada.

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