O processo seletivo para o Alistamento Militar Inicial Feminino continua sua marcha. A partir deste ano as mulheres também tiveram acesso aberto àquilo que até então era exclusivo dos homens. Jovens brasileiras participam da fase presencial, marcando um momento inédito para o Exército Brasileiro e para o País. Mais de 26 mil mulheres já se alistaram em todo o território nacional, e agora dão continuidade à jornada com a realização da Seleção Geral, etapa que envolve exames médicos, testes físicos, entrevistas e orientações sobre o funcionamento da seleção.
A medida faz parte do esforço das Forças Armadas para a ampliação da participação feminina, com especial destaque para o papel do Exército Brasileiro no acolhimento e condução do processo seletivo.
Com um total de 1.500 vagas abertas, o alistamento feminino segue voluntário e pode ser feito até 30 de junho, por meio da plataforma digital alistamento.eb.mil.br, do aplicativo oficial do Exército ou nas Juntas de Serviço Militar.
As etapas e os requisitos do alistamento feminino
A Seleção Geral, segunda das cinco etapas do processo — que inclui ainda Designação, Seleção Complementar e Incorporação —, é a porta de entrada para que as candidatas aptas possam ser designadas a uma organização militar e iniciar a preparação para servir como soldado.
Durante a realização da Seleção Geral, o Exército tem garantido uma condução técnica, transparente e acolhedora em todas as regiões do País.
Para o coronel Raphael Alves, chefe do Escalão de Pessoal da 11ª Região Militar em Brasília, a participação das mulheres marca um avanço na relação da Instituição com a sociedade:
“Este momento representa um passo significativo na história do Exército Brasileiro. Ao abrir as portas para o alistamento feminino, reafirmamos nosso compromisso com a valorização da cidadania, da igualdade de oportunidades e da excelência na formação dos futuros soldados”, destacou o oficial.
Seleção prima pelo rigor técnico e critério vocacional
Em Brasília, mais de 2.200 jovens mulheres já participaram do processo, somando-se às demais candidatas distribuídas em 29 cidades do país com previsão de vagas.
O Exército conduz a seleção com rigor técnico e critério vocacional, garantindo que as futuras militares estejam plenamente capacitadas para contribuir com as atividades de defesa, logística e operação no âmbito das organizações militares.
O alistamento feminino é facultado pelo Decreto nº 12.154/2024, que regulamenta a participação voluntária das mulheres nas Forças Armadas. Porém, após a incorporação, é obrigatório também para elas cumprir um ano de serviço militar.
Após esse período, as militares receberão o Certificado de Reservista, ficando aptas a atender futuras convocações em caso de mobilização nacional.
A iniciativa reforça o compromisso do Exército em promover a integração com a sociedade, acolhendo novos perfis e fomentando o sentimento de pertencimento.