Os Estados Unidos autorizaram duas megavendas militares para Israel, totalizando US$ 7,41 bilhões. Os acordos incluem milhares de mísseis e bombas dos EUA com tecnologia de precisão, reforçando a capacidade de defesa aérea israelense a partir de 2025.
A decisão foi anunciada pela Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA (DSCA), que classificou as vendas como essenciais para a segurança regional e para os próprios interesses estratégicos dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Mísseis e bombas dos EUA reforçam poder aéreo de Israel

O primeiro pacote de vendas militares inclui 3.000 mísseis ar-terra AGM-114 Hellfire, nas variantes R3, F e K. O valor é de US$ 660 milhões, e a entrega será coordenada pela Lockheed Martin, com previsão de início em 2028.
O sistema Hellfire é usado para alvos de alta prioridade, como veículos blindados e instalações militares. Cada míssil pesa cerca de 49 kg, com alcance efetivo de até 8 km e guiamento a laser, garantindo precisão milimétrica mesmo em terrenos urbanos.
Além dos mísseis, o pacote contempla peças de reposição, suporte de software, equipamentos de teste e assistência técnica, garantindo plena integração ao arsenal já existente da Força Aérea de Israel.
Segundo pacote inclui bombas inteligentes e kits de guiagem JDAM
Avaliado em US$ 6,75 bilhões, o segundo contrato contempla um arsenal massivo de bombas guiadas e sistemas de apoio logístico:
- 2.166 bombas de pequeno diâmetro GBU-39/B, com alcance de 110 km e sistema de navegação GPS.
- 2.800 corpos de bombas MK 82, com 500 libras cada.
- 13.000 kits JDAM para bombas MK-84, que transformam projéteis comuns em bombas inteligentes.
- 3.475 kits JDAM para bombas BLU-109, que penetram bunkers e estruturas reforçadas.
- 17.475 fusíveis FMU-152A/B, que garantem controle de tempo e profundidade de explosão.
Esses armamentos permitem que Israel aumente sua precisão em ataques aéreos, reduzindo danos colaterais e ampliando sua capacidade de dissuasão frente a ameaças regionais.
As empresas Boeing e L3Harris serão responsáveis por fornecer os principais componentes, com as entregas iniciando em 2025.
EUA destacam interesse estratégico e equilíbrio militar
Segundo a DSCA, as vendas “não alteram o equilíbrio militar básico da região”, mas fortalecem a capacidade de autodefesa de Israel sem exigir presença adicional de tropas americanas.
A agência ressaltou que Israel já opera sistemas semelhantes, o que facilita a integração imediata do novo arsenal.
Todos os custos anunciados são estimativas máximas iniciais, podendo variar conforme as negociações finais e as necessidades técnicas ao longo do contrato.