A Ucrânia deu um novo passo em sua estratégia de modernização militar ao apresentar o Alligator-9, um drone naval de superfície não tripulado projetado para operações de combate, reconhecimento e guerra eletrônica. A nova plataforma integra tecnologias de ponta e oferece múltiplas configurações táticas, adaptáveis conforme os objetivos da missão. O desenvolvimento do projeto foi revelado pelas Forças de Sistemas Não Tripulados da Ucrânia, com imagens divulgadas pelo portal especializado Militarnyi.
Equipado com armamentos variados, incluindo drones kamikazes, sensores eletrônicos e um sistema de armas a laser, o Alligator-9 é projetado para ampliar a capacidade operacional da Ucrânia em ambientes marítimos estratégicos. O foco principal é fortalecer a atuação no Mar Negro e conter ameaças navais em áreas de conflito.
Plataforma modular com múltiplas configurações para missões navais de alto risco
Projetado como uma plataforma multifuncional e modular, o Drone Alligator-9 representa um avanço significativo na guerra naval moderna, trazendo novas capacidades estratégicas para operações marítimas, com destaque para suas configurações táticas especializadas. Em uma das variantes, o drone atua como nave-mãe e é capaz de lançar entre seis e dez drones Alligator-5 ToD — armamentos flutuantes que funcionam como torpedos kamikazes contra pequenas embarcações inimigas.
Outra configuração transforma o Alligator-9 em um porta-drones de guerra eletrônica, carregando de três a cinco drones Alligator-5 EW. Estes, por sua vez, são utilizados em missões de reconhecimento, interferência de sinais e remoção de minas, contribuindo significativamente para a neutralização das defesas eletrônicas adversárias e abrindo caminho para manobras navais mais seguras no Mar Negro e em áreas portuárias ocupadas.
Além dessas opções, o drone também pode ser equipado com o poderoso sistema de armas Tryzub 90, uma tecnologia a laser voltada à interceptação de ameaças aéreas. De acordo com os dados disponíveis, esse armamento é capaz de destruir drones de ataque, bombas guiadas, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos em distâncias de até 3.000 metros, além de neutralizar helicópteros, aeronaves e drones de reconhecimento em alcances de até 5.000 metros.
Laser Tryzub 90 amplia a capacidade ofensiva e defensiva do Drone Naval Alligator-9
Entre os sistemas mais avançados integrados ao drone naval Alligator-9, o Tryzub 90 se destaca como peça central na proteção contra ameaças aéreas. Trata-se de uma arma a laser de última geração, capaz de neutralizar alvos e também de gerar efeitos cegantes em sensores e sistemas ópticos inimigos. De acordo com os dados técnicos divulgados, o laser pode atingir drones, bombas e mísseis com precisão a até 3 km, e expandir sua área de ação para 5 km no caso de aeronaves tripuladas e drones de reconhecimento.
Mais impressionante ainda é a capacidade do Tryzub 90 de ofuscar sensores e sistemas ópticos a uma distância de até 10.000 metros, dificultando a atuação de unidades inimigas equipadas com sensores de navegação, guiagem ou vigilância. Essa função torna o Drone Naval Alligator-9 um agente ofensivo e também uma ferramenta de negação de acesso e bloqueio de sensores em operações navais críticas.
Alligator-9 simboliza avanço estratégico da Ucrânia frente à crescente tensão no Mar Negro
Em meio ao aumento da presença militar russa no Mar Negro, a Ucrânia intensificou os investimentos em plataformas autônomas como o Alligator-9, com o objetivo de ampliar suas capacidades operacionais e proteger infraestruturas consideradas estratégicas. Apesar de não haver informações oficiais sobre o número de unidades em produção ou prazos de implantação, imagens divulgadas indicam que o projeto já avançou além da fase conceitual.
O Alligator-9 foi projetado para executar diferentes funções navais, incluindo operações de ataque, guerra eletrônica e defesa aérea por meio de sistemas a laser. A plataforma está integrada ao conjunto de medidas adotadas pela Ucrânia para ampliar sua atuação no ambiente marítimo. No atual contexto de conflito, o sistema passa a integrar os recursos empregados nas operações no Mar Negro.