Em um cenário marcado pelo avanço acelerado da tecnologia aplicada à segurança pública, a China passou a implementar robôs policiais esféricos equipados com inteligência artificial em suas ruas. Desenvolvido pela empresa chinesa Logon Technology, o modelo RT-G vem sendo utilizado para reforçar operações de vigilância e detecção de criminosos. De acordo com o jornal britânico The Times, os robôs são capazes de identificar suspeitos por reconhecimento facial, detectar distúrbios e até mesmo agir de forma autônoma em situações de risco.
Além disso, o RT-G tem funcionalidade adaptada a diversos tipos de terreno. Com 125 kg, o robô pode se locomover tanto em terra quanto na água, alcançando velocidades de até 35 km/h. Seu sistema de energia conta com bateria de autonomia de dez horas, enquanto sua carcaça é projetada para suportar impactos de até 4 toneladas. Essa combinação de resistência, mobilidade e inteligência artificial marca uma nova etapa no uso de tecnologias não tripuladas na área da segurança urbana.
Robô RT-G atua com reconhecimento facial e armamento não letal integrado
O RT-G integra múltiplas funções em uma estrutura esférica compacta, sendo capaz de realizar reconhecimento facial, identificar comportamentos suspeitos e detectar situações de distúrbio público. Em emergências, o robô pode agir de forma autônoma e imobilizar indivíduos utilizando um lança-redes embutido. Essa funcionalidade permite neutralizar ameaças com maior rapidez e menor risco aos agentes de segurança.
Além do sistema de contenção por rede, o RT-G também pode ser equipado com dispositivos não letais, como dispersores de gás lacrimogêneo e mecanismos de dispersão sonora, ampliando sua utilidade em operações de patrulhamento urbano, controle de multidões e atuação preventiva em locais públicos. Nas imagens divulgadas pela mídia estatal chinesa, é possível ver o robô operando em conjunto com policiais nas ruas de Wenzhou, na província de Zhejiang, reforçando a integração entre tecnologia e forças de segurança humana.
Projeto baseado em pesquisa acadêmica ganha aplicação em segurança pública e militar
O design do Robô RT-G tem origem em um projeto de pesquisa científica do Laboratório Estadual de Tecnologia de Controle Industrial da Universidade de Zhejiang, localizada no leste da China. O conceito original buscava desenvolver um robô explorador autônomo, com capacidade para operar em ambientes hostis e inexplorados, como incêndios florestais, cavernas subterrâneas e outras situações de alto risco, nas quais a presença humana seria inviável ou perigosa.
No entanto, o escopo do projeto foi redirecionado. Em vez de permanecer no campo da pesquisa científica e do resgate, o desenvolvimento do RT-G passou a atender demandas de aplicação da lei e uso militar. Com o apoio das autoridades chinesas, a tecnologia foi adaptada para atuar no patrulhamento urbano e na segurança pública, utilizando seus recursos de inteligência artificial, mobilidade terrestre e aquática, sensores e equipamentos de contenção não letais para ampliar o controle de áreas urbanas e responder a emergências em tempo real.
Expansão do uso de robôs policiais pode influenciar segurança urbana global
A adoção do RT-G pela China representa um avanço significativo na integração entre inteligência artificial, robótica autônoma e segurança pública. Com capacidade de operar por até dez horas, resistir a impactos de 4 toneladas e mover-se com agilidade de até 35 km/h em diferentes terrenos, o robô é uma solução que une robustez mecânica e tecnologia de ponta. O uso de reconhecimento facial e armas não letais, como lança-redes e gás lacrimogêneo, aponta para um modelo de policiamento mais automatizado, baseado em respostas rápidas e autônomas.
À medida que outras nações observam o desenvolvimento dessa tecnologia, cresce o interesse em soluções semelhantes para complementar ou reforçar as forças de segurança já existentes. O RT-G pode sinalizar uma tendência global de adoção de robôs policiais inteligentes em operações urbanas, levantando discussões sobre eficiência operacional, regulamentação, privacidade e os limites do uso de inteligência artificial em contextos de vigilância e policiamento civil.