Terror em Niterói. Tiroteio e Shoppings fechados. Esse é o Rio pacificado. No Brasil existe guerrilha urbana e ninguém tem coragem de assumir.
Ouça ao lado o tiroteio gravado do centro da cidade.
Revista Sociedade Militar Online.
Foram inúmeros tiros, ouviu-se rajadas de metralhadoras e os funcionários tiveram que se abrigar nos corredores, o mais longe possível das janelas dos prédios. Isso aconteceu ontem, em 23 de abril, em Niterói. O shopping foi fechado por algum tempo. Ninguém sabe direito o que está acontecendo na cidade, alguns acreditam que marginais que se evadiram de favelas do Rio, ocupadas pelas forças armadas, tentam dominar as comunidades niteroienses.
Enquanto os bandidos de qualquer lugar do planeta escondem suas atividades criminosas, ou seja, praticam de forma dissimulada as atividades ilegais, no Rio de Janeiro a coisa é diferente. Aqui os marginais “tiram onda” de guerrilheiro, como se fossem uma espécie de FARC. Eles não se preocupam nem um pouco em esconder sua atividade. Andam com seus fuzis à tiracolo, em motocicletas potentes, sem placas, e assumem sua condição de marginais 24 horas por dia, sem nenhum constrangimento. Nos locais onde residem, toda a vizinhança sabe quem são os traficantes. Ser um fora da lei para eles não é um demérito, é apenas uma profissão perigosa.
Agora a noite duas universidades ja resolveram suspender as aulas por conta da violência e possivel operação no Morro do Palácio ainda essa noite. O centro de Niterói está um caos.
O Rio de Janeiro vive o verdadeiro caos da segurança pública. A convocação das Forças Armadas nada mais é do que o atestado, amplamente divulgado, da incompetência das instituições públicas em oferecer segurança para a sociedade, que inclusive paga caro por isso.
O estado não tem mais moral, não tem mais autoridade. O conjunto de equívocos é muito grande e não pode-se identificar uma causa isolada para o fracasso da segurança pública. O caos hoje vivido no Rio e também em São Paulo tende a se espalhar por todo o Brasil.
O governo atual é formado, em parte, por pessoas que praticaram diversos crimes em prol de seu ideario comunista, e eles se gabam disso. Os marginais cariosas também se acham defensores de um ideal, querem possuir por meio da força as coisas das quais são privados pelo sistema atual, que no seu ponto de vista privilegia a elite.
Nenhum dos ex-guerrilheiros que participam hoje da administração pública foi a público declarar que se arrependem de ter infringido a lei, e que deveriam ter tentado resolver as coisas respeitando as regras. Se fizessem isso, se mostrassem arrempendimento pelos crimes que cometeram talvez desestimulassem alguém de tentar resolver as coisas sem respeitar as leis e o direito alheio. O governo também oferece abrigo político a grupos como MST e outros, que vez por outra “expropriam” propriedade alheia, o que acaba por tornar a legalidade algo subjetivo. .
O que é ilicito pra você pode não ser pra mim, depende da motivação. Alguns pensam.
Outra questão que contribui para alimentar essa confusão é o fato de se propor abertamente a legalização de alguns tipos de drogas e, inclusive, a anistia de indivíduos condenados por traficá-las. Isso pode levar os marginais a crer que são na verdade algum tipo de vanguarda, qua se antecipa às normas que ainda estão por vir.
Há algumas semanas percebeu-se que um prédio no centro do Rio era invadido por algumas pessoas. Estas chegavam de fininho, observando qual seria a reação das “autoridades”. Mesmo com a ampla cobertura dada pela mídia, as “autoridades” nada fizeram, ninguém foi até lá e impediu a entrada de mais gente na propriedade. Nenhum funcionário público, seja policial ou fiscal, quer se meter em mais nada, ninguém quer se “queimar”. As autoridades superiores são sempre indicadas por políticos e por isso mesmo não agem legalmente, elas agem politicamente. Suas atitudes são sempre visando o menor “prejuízo político” para aqueles que os indicaram.
As “autoridades” não reagiram, e por conta da omissão, centenas de pessoas se sentiram confiantes para demarcar seus territórios em vários locais do edifício. Interior, pátio e até o terraço ficaram completamente ocupados por barracos construídos com restos de móveis e compensados baratos. Depois de vários dias, e com os prédios completamente lotados de espertalhões, grande parte deles cientes de que certamente seriam retirados, mas que poderiam ganhar uma casinha, ou uma ajuda de custo do estado, as autoridades resolveram agir. Como sempre foi uma guerra, bombas de gás, ônibus queimados e gente ferida. Ao final os edifícios foram desocupados e, pasmem, agora o governo quer mandar a conta da operação para os proprietários do imóvel invadido.{jcomments on}
Robson A.D.S.
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