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Por que o Brasil entrou na 2ª grande guerra? Oficial do Exercito revela detalhes obscuros e o verdadeiro motivo da entrada do Brasil em uma guerra que aparentemente não nos dizia respeito.

por Sociedade Militar
24/01/2015
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operaçãoBrasiled

Livro Operação Brasil: O ataque alemão que mudou o curso da Segunda Guerra Mundial, escrito pelo tenente-coronel R/1 do Exército Brasileiro Durval Lourenço Pereira. A publicação, que chega às livrarias em janeiro, revela a verdadeira origem da entrada do Brasil na II Guerra Mundial.

 O ponto central da obra é a narrativa inédita da maior operação militar lançada pelo III Reich contra um país das Américas. Batizada de Operação Brasil seu objetivo era desfechar um ataque submarino devastador contra os portos e a navegação brasileira no início de agosto de 1942.

O livro condensa três anos de pesquisa em fontes primárias dos arquivos oficiais alemães, brasileiros e norte-americanos, trazendo à luz passagens obscuras de um período crucial da história brasileira no século XX.

Às vésperas do aniversário de 70 anos do fim do maior conflito da história da humanidade, a publicação revela a verdadeira origem dos eventos que levaram o Brasil à guerra e que tiveram um papel da mais alta relevância para a mudança do curso da Segunda Grande Guerra a favor dos Aliados.

A operação secreta e insubordinada do comandante de submarino alemão Harro Schacht, tinha como objetivo atacar uma série de portos e bases navais da costa brasileira. O plano acabou sendo declinado por Hitler e o submarino U-507 deveria então interceptar um navio norte-americano Seatrain Texas, que levava motores blindados para uma batalha no Egito. Mas em vez de seguir a missão, Schacht mudou sua área de vigilância para o sul e atacou embarcações brasileiras. O Seatrain Texas passou ileso por todo o Atlântico e foi fundamental para uma importante vitória dos aliados no norte da África. Há 70 anos, o ataque do U-507 vêm sendo mal estudado de forma superficial pela historiografia, que sequer desconfia da sua importância para os rumos da guerra.]

Para contar essa história, foi empreendida uma busca em alguns dos principais arquivos oficiais da Alemanha (o Arquivo Federal – Bundesarchiv), do Brasil (o Centro de Documentação da Marinha, o Arquivo Histórico do Exército, a Fundação Biblioteca Nacional e a Fundação Getúlio Vargas) e dos EUA(o U.S. Army Center of Military History, o Naval History & Heritage Command, a U.S. Air Force Historical Research Agency, o National Archives & Records Administration e a Franklin D. Roosevelt Presidential Library), entre outros.

Com base nessa pesquisa, foram consultadas inúmeras fontes primárias e oficiais no Brasil e no exterior, com destaque para os planos elaborados pela Kriegsmarine (a Marinha de Guerra alemã entre 1935 e 1945), o diário de guerra do comandante em chefe da Força de Submarinos, o diário de guerra do submarino alemão U-507, a História Naval Brasileira, a História do Exército Brasileiro, a História da Força Aérea Brasileira, a coleção de livros do Centro de História Militar do Exército dos EUA (os Green Books), os diários de guerra da Marinha dos EUA e parte substancial da correspondência diplomática das embaixadas alemã e norte-americana no Rio de Janeiro.

No campo biográfico, foi analisada uma série de publicações que trazem as memórias, biografias e diários pessoais de alguns dos protagonistas brasileiros e estrangeiros durante o conflito: Getúlio Vargas, Dutra, Góes Monteiro, Oswaldo Aranha, Churchill, Dönitz, Montgomery e Rommel.

A menção de novas descobertas sobre um tema tão antigo e devassado pelos historiadores pode gerar desconfiança no leitor com o senso crítico apurado. De fato, há razões de sobra para a precaução em face do rico folclore conspiratório que permeia a guerra submarina. Tornou-se frequente o surgimento de opiniões discordando da versão oficial sobre a morte de Adolf Hitler. Alguns autores afirmam que o líder alemão e Eva Braun sobreviveram ao conflito, chegando escondidos à Argentina em um submarino. O casal teria vivido tranquilamente no país austral com o salvo-conduto dos Aliados, aproveitando uma espécie de pacote turístico que incluiria passeios pelo Brasil, com a conivência de Perón e Vargas, em troca dos “segredos das armas secretas nazistas” – como se os vitoriosos líderes Aliados necessitassem dos préstimos do batido ditador alemão.

A tendência à formulação de teorias inovadoras sobre a guerra é um fenômeno provocado pela cada vez mais influente cultura de massa, que direciona um sem-número de obras para o universo da fantasia. Essa tendência é potencializada pelo relativismo contemporâneo, hábil na negação de verdades, conceitos e valores, inspirando a elaboração de teorias conspiratórias sem qualquer base documental. De acordo com a abordagem relativista, não seria possível conhecer o passado como ele realmente foi, pois não existiria uma verdade histórica. Assim, cada autor estaria apto a construir a sua própria versão dos fatos – por mais esdrúxula que ela fosse –, não importando o seu grau de capacitação ou a profundidade da pesquisa realizada. Juntos, o apelo sensacionalista e o ideário relativista fertilizaram o campo da História, fazendo germinar inúmeras versões equivocadas que predominam na historiografia contemporânea.

Com relação à Segunda Guerra Mundial, o afundamento do cruzador Bahia, em 1945, é um exemplo clássico. Ainda que os testemunhos dos sobreviventes do navio atestem que o cruzador foi a pique acidentalmente durante um exercício de tiro, obras recentes afirmam que o navio brasileiro teria sido afundado por um submarino alemão.

Embora o III Reich mal tenha conseguido fincar os pés no litoral africano do Mediterrâneo, artigos na rede mundial de computadores apontam a existência de bases secretas nazistas em operação na Patagônia, no Planalto Central brasileiro e em outros locais remotos do planeta. Versões mais arrojadas afirmam que, ao final da guerra, frotas de submarinos partiram dos portos alemães para instalarem o IV Reich no subterrâneo da Antártida. Lá, hoje, estariam sendo desenvolvidas experiências tecnológicas avançadas, envolvendo o controle da mente, viagens interdimensionais e a construção de óvnis. De acordo com essas teorias, os Aliados desistiram de combater a colônia nazista na Antártida, pois os alemães recebiam a proteção militar de alienígenas. Usando a retórica relativista, seus autores responderam aos críticos invertendo a responsabilidade pelo ônus da prova. Segundo eles, os céticos é quem deveriam provar a falsidade das teorias fantásticas.

Se o prezado leitor for simpático a presunções mirabolantes, cabe um alerta: Operação Brasildesperdiçará o seu precioso tempo. Todavia, se estiver disposto a acompanhar a construção das assertivas da obra – alicerçadas em fontes oficiais e no trabalho de autores renomados –, tenha uma certeza: não irá se decepcionar. Talvez as propostas deste livro sejam pouco atraentes ao aficionado pelos discos voadores nazistas ou ao curioso em saber o paradeiro secreto de Adolf Hitler. Contudo, elas irão despertar – assim esperamos – o vivo interesse dos entusiastas do estudo da História do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Livro: Operação Brasil: O ataque alemão que mudou o curso da Segunda Guerra Mundial. Autor: Durval Lourenço Pereira  — Número de Páginas: 336  — Preço: R$ 49,90  – VEJA AQUI

Sobre a Editora Contexto: Idealizada pelo historiador Jaime Pinsky e especializada em ciências humanas, a Editora Contexto está presente há 28 anos no mercado editorial brasileiro, publicando obras voltadas para a universidade e para o público geral.

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