O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que vai assinar a criação de um grupo de trabalho interministerial. O objetivo, segundo ele, seria propor ações para combater a violência na sociedade. Além disso, Lula também quer propostas que promovam o que chamou de “cultura de paz”.

O anúncio foi feito pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, após ataque em creche de Blumenau (SC) na manhã desta quarta-feira. O crime resultou na morte de quatro crianças e deixou outras quatro feridas.

“O presidente ficou muito consternado com o que aconteceu em Blumenau e está acompanhando passo a passo todo o desenrolar da situação”, afirmou Pimenta. Segundo o ministro, o grupo de trabalho será formado pelos ministérios da Educação, Justiça e Segurança Pública, Direitos Humanos e Cidadania e Secretaria-Geral da Presidência.

Por meio das redes sociais, Lula se solidarizou com as famílias das vítimas. “Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor.”, escreveu o presidente. “Para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse”, concluiu.

Entenda o caso

Nesta manhã, um homem de aproximadamente 25 anos de idade invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, na cidade de Blumenau. Segundo a PM, o autor do crime estaria armado com uma machadinha. Três meninos e uma menina estão entre as vítimas, com idades entre 5 a 7 anos. As crianças feridas foram encaminhadas para o Hospital Santo Antônio. Após o ataque, o criminoso se entregou à polícia.

Segundo o comandante da Polícia Militar, o autor do ataque, que já tinha passagens pela polícia, teria sofrido um surto psicótico.

O atentando é o segundo em pouco mais de uma semana. No último dia 27 de março, a professora Elizabeth Tenreiro morreu após ser esfaqueada por um adolescente de 13 anos, dentro da escola, na cidade de São Paulo. O jovem foi apreendido.