Na última segunda-feira, 27 de novembro, os generais Hamilton Mourão, atualmente senador e ex-vice-presidente da República, e Braga Neto, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, criticaram as comemorações pelos 88 anos da Intentona Comunista, evento que ocorreu em 27 de novembro de 1935.
Os generais expressaram críticas ao evento histórico em suas postagens
Em uma publicação no X, Mourão descreveu a Intentona como a “primeira punhalada do Movimento Comunista Internacional contra o Brasil” e homenageou “os bravos que lutaram e tombaram em 35, livrando o Brasil do comunismo”.
Ele se referiu aos envolvidos no movimento como “traidores da Pátria” que “intentaram contra o Estado e o povo brasileiro”.
“Na data de hoje, em 1935, traidores da Pátria intentaram contra o Estado e o povo brasileiro. A intentona de 27 de novembro foi a primeira punhalada do Movimento Comunista Internacional contra o Brasil. Não seria a última… Nossa homenagem aos bravos que lutaram e tombaram em 35, livrando o Brasil do comunismo!”, disse Mourão.
Por sua vez, Braga Neto caracterizou a Intentona como “um momento sombrio em nossa história, incompatível com os valores que fortalecem nossa sociedade”.
Ele reafirmou seu compromisso com “os valores conservadores que sustentam a ordem, liberdade e progresso de nossa nação” e prometeu permanecer vigilante na defesa da democracia.
“Passados 88 anos da intentona comunista, liderados por um traidor da Pátria, um momento sombrio em nossa história, incompatível com os valores que fortalecem nossa sociedade”, disse Braga Neto.
E completou
“Reafirmamos nosso compromisso com os valores conservadores que sustentam a ordem, liberdade e progresso de nossa nação. Vamos permanecer vigilantes na defesa da democracia e dos fundamentos que construímos, assim como na preservação da liberdade que alcançamos com tanto esforço.”
Ambos os generais usaram a data para reforçar suas críticas ao comunismo e reafirmar seu compromisso com a democracia e os valores conservadores.
A Intentona Comunista, liderada por Luís Carlos Prestes e sua mulher, Olga Benário, foi uma tentativa de golpe de Estado organizada por grupos comunistas no Brasil. O golpe, no entanto, foi reprimido pelo governo do presidente Getúlio Vargas, que instaurou o Estado Novo, um regime autoritário que durou até 1945.
Luís Carlos Prestes era capitão do Exército Brasileiro e líder tenentista convertido ao comunismo.
Pesquisando as redes sociais e sites militares, constata-se que os generais Hamilton Mourão e Braga Neto são dos poucos que se aproveitaram da data para reforçar suas críticas ao comunismo e reafirmar seu compromisso com a democracia e os valores conservadores.