Questionado por seguidores no Twitter, o ex-ministro Abraham Weintraub, que atualmente reside na Islândia, em uma live agendada explicou sua visão sobre a impossibilidade do Brasil ser socorrido pelos Estados Unidos. Ao comentar sobre a ajuda dos EUA para combater a criminalidade na Colômbia, o ex-bolsonarista explicou que ao abrir as portas para os norte-americanos o país deixou bem claro que precisava de apoio para combater as FARC. Ao elogiar a atuação dos militares colombianos e relatar a prisão de alguns pela atuação no combate contra as FARC, o economista indicou que acredita que os militares de lá são diferentes dos Brasileiros, não teriam “essa de vocês vão na frente e nós vamos atrás”.

No áudio obtido pela Revista Sociedade Militar, ainda sobre os militares das Forças Armadas Brasileiras, o economista, que já foi condecorado pelo Comandante da Marinha do Brasil com a Ordem do Mérito Naval, em certo momento diz que há oficiais generais suspeitos de envolvimento com o narcotráfico. Sem mencionar os nomes dos oficiais generais, disse que há suspeitas também sobre o atual presidente ser corrupto.
“Veja, tem suspeitas graves de generais envolvidos com narcotráfico no Brasil. Suspeitas assim como hoje todo mundo é suspeito, o Lula é suspeito… de ter praticado corrupção… o PC Siqueira era suspeito… ”
Em certo ponto da conversa o economista disse que o Brasil nunca se tornaria uma “Venezuela”, que seria uma tragédia porque “o jogo do Brasil é mais complexo que o da Venezuela… a gente vai reduzir nossa população de uma maneira bem suave… cada vez mais nossas família vão ter menos filhos menos netos… o papel do Brasil no mundo é ser um fazendão, é produzir alimentos e minérios… “
O economista, que ainda mantém influência significativa sobre setores da direita no Brasil, com 1 milhão de seguidores no Twitter e 600 mil no Instagram, foi enfático ao afirmar que não apoia nem a “esquerdalha” radical nem o bolsonarismo, que ele vê como um movimento totalitário e de culto à personalidade. Segundo ele, soluções para o país não virão de figuras como Monark, Alan dos Santos ou Bolsonaro. O ex-ministro da Educação, ilustrando sua visão acerca da imaturidade política de muitos brasileiros, mencionou que até bem recentemente, apoiadores de Bolsonaro acreditavam que ele tinha uma “carta na manga” para retornar ao governo.
Por fim, o ex-ministro Abraham Weintraub expressou sua disposição de “arrumar o Brasil”, mas ressaltou que o povo precisa chamá-lo, lembrando que recebeu apenas 4 mil votos em sua candidatura para Deputado Federal por São Paulo nas últimas eleições.
“Topo, mas o povo precisa me chamar… O que dizer de uma nação que dá apenas 4 mil e 2 mil votos para dois irmãos como nós? Vocês não são bem-vindos aqui, nós não queremos vocês…”.
Robson Augusto- Militar R1, sociólogo, jornalista, especialista em inteligência e marketing – Revista Sociedade Militar