Centenas de pessoas devolvendo suas medalhas da Inconfidência, Ordem do mérito Militar… // Juiz devolve medalha.
Há tempo que militares e civis instam as autoridades do Exército Brasileiro a cassar, conforme manda a lei, a medalha do Senhor José Genoíno e de outros condenados que no passado recente foram agraciados com tais homenagens.
O Exército ainda não deu explicações sobre o motivo do não cumprimento da norma que manda resgatar as condecorações de pessoas condenadas pela justiça comum. Isso acaba por dar margens a especulações diversas. A mais corrente diz que o comandante do Exército, assim como seu antecessor, têm medo da Presidente da República e da sua reação ante à insatisfação que lhe causaria ser informada que José Genoíno e outros membros do Partido dos Trabalhadores teriam as medalhas cassadas.
Muitos agraciados já declararam que se sentem desprestigiados e desonrados por terem os nomes inscritos nas mesmas ordens que pessoas condenadas judicialmente e que lutaram contra a democracia no Brasil.
No último 21 de abril muita gente se sentiu aviltada por ter sido entregue a medalha da Inconfidência ao “revolucionário” Pedro Stédile, comandante do Exército atualmente tão ovacionado pela esquerda, e elevado por Lula ao status de protetor da esquerda brasileira. O grupo de Stédile parece representar para a esquerda uma espécie de “tipo ideal” weberiano.
Muita gente poderia acreditar que a condecoração, concedida pouco tempo depois do “sem – terra” ser declarado comandante militar da esquerda. foi um grande ato de provocação
Em atitude digna, um juiz aposentado, ainda essa semana, devolveu a medalha da inconfidência ao governo de Minas Gerais. O Magistrado diz que não admite ser nivelado a uma pessoa que incentiva a desobediência civil.
“Respeito a escolha de Vossa Excelência por essa atitude, mas me recuso ao nivelamento a que estão submetidos os nomes de grandes brasileiros que também foram distinguidos pelos governadores que lhe antecederam.”
A imprensa tenta sutilmente denegrir a imagem do magistrado, definindo-o como “Juiz da Ditadura”. Isso mostra o quanto significativo é a ação do senhor Mozart Hamilton Bueno, de 74 anos de idade.
Sabe-se de um militar que também devolveu uma condecoração, a medalha do Pacificador. Por certo não admitiu ser nivelado a nomes como Jaques Wagner e José Genoíno. O coronel Cícero Novo Fornari, segundo texto encontrado no site Revista Sociedade Militar e outras publicações, devolveu a medalha em uma cerimônia militar ha alguns anos.
As atitudes descritas acima são grande exemplo de dignidade. Contudo, percebe-se que a mídia faz questão de não fazer a devida cobertura das mesmas, o que as torna praticamente invisíveis.
Seria uma utopia acreditar que ha possibilidade que todos os indignados, civis e militares, acabem por se unir, devolvendo suas condecorações em uma grande cerimônia pública?
O evento poderia ser conduzido em frente ao Congresso Nacional. Estariam presentes dezenas de generais, coronéis e outros militares. Também compareceriam desembargadores, médicos, juízes, policiais, professores, padres, embaixadores e outros profissionais, alguns muito idosos, todos com conduta ilibada e notável vida digna, muitos reconhecidos nacionalmente por isso.
Com tal ato os participantes declarariam publicamente que não aceitam que no Brasil de hoje a mediocridade se sobreponha à criatividade, a covardia se sobreponha à coragem, a esperteza à honestidade e o corporativismo partidário e ideológico aos interesses da nação.
Uma ação desse tamanho certamente alcançaria grande expressão.
Revista Sociedade Militar