
O Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM ) comemorou em seu perfil no X (ex-Twitter), nessa quinta-feira, a presença de militares brasileiros e líderes do governo, além de autoridades dos EUA, como a embaixadora Elizabeth Frawley Bagley e a general Laura Richardson, em um navio norte-americano.
O navio de guerra, o porta aviões nuclear George Washington, participou de operações conjuntas com a Marinha do Brasil, com pousos e aterrisagens de aeronaves sediadas na Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, conforme relatado pela Revista Sociedade Militar.
A postagem na rede social teve como objetivo “comemorar o bicentenário das relações diplomáticas Brasil-EUA”, iniciadas em 26 de maio de 1824.
As amabilidades estão no contexto maior da Operação “Southern Seas – 2024, exercício em comum entre a Força-Tarefa dos Estados Unidos (EUA) e a Marinha brasileira.
SÓ O BRASIL TEM
Entrevistada pelo jornal Valor Econômico, a general Laura foi questionada sobre “qual é a mensagem geopolítica que esse exercício envia, especialmente à China, e se “esses exercícios militares na região colocam os EUA em uma situação distinta da situação da China na região, ainda que a China seja o primeiro parceiro comercial de muitos dos países?”
A general disse que “como democracias de mentalidade semelhante, procuramos buscar uma situação em que todos saiam ganhando, em que ambos os países, ambas as nações se beneficiem. E não uma relação de ganha-perde, não é assim que operamos.”
“Como democracias, respeitamos uns aos outros. Respeitamos a soberania uns dos outros. Respeitamos o povo um do outro, as democracias, o que não acontece com um país comunista, porque eles não respeitam os direitos de seu próprio povo.
“Já existe um histórico que a República Popular da China estabeleceu, não apenas na América Latina, mas em outros lugares do mundo.
“Em termos do Brasil e da América Latina, muito já se falou sobre a região alimentar e abastecer o mundo. E, sabe, eu já viajei para todos os países da região e acho que os países da região estão alimentando e abastecendo o mundo, mas não estão se beneficiando disso. E há outros países que estão tirando proveito deles.
“Como podemos ajudar essa região a perceber os benefícios de alimentar e abastecer o mundo? Quando olhamos para a soja, o milho, o açúcar, que já alimentam o mundo, o petróleo bruto pesado, o petróleo bruto leve, as terras raras, o lítio, a Amazônia. Ninguém mais tem isso.“