A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 31 de maio, o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira, em uma operação ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A ação também resultou na prisão de outro homem em São Paulo e no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão.
Os dois suspeitos, que são irmãos, são acusados de proferir ameaças contra a família de Moraes.
A investigação teve início em abril após o recebimento de e-mails anônimos no STF, mencionando o uso de bombas e detalhando o itinerário da filha do ministro.
A segurança do STF e a Diretoria de Inteligência Policial da PF colaboraram na identificação dos suspeitos. As medidas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizadas na quinta-feira (30). Os crimes investigados incluem ameaça e perseguição, tipificados como “stalking”.
Raul Fonseca de Oliveira foi preso no Rio de Janeiro e, até o momento, sua defesa não foi localizada. A audiência de custódia está marcada para a tarde desta sexta-feira.
Stalking
Stalking, definido no Art. 147-A do Código Penal Brasileiro, configura crime quando alguém persegue outra pessoa de forma reiterada, ameaçando sua integridade física ou psicológica, restringindo sua locomoção ou invadindo sua liberdade e privacidade.
O termo “stalking” vem do inglês e significa “perseguir”, “aproximar-se silenciosamente”, “atacar.
O “stalker” (pessoa que comete stalking) age de diversas maneiras, inclusive por meios virtuais, causando à vítima sofrimento psicológico e, em casos graves, ameaça física.
A pena é de reclusão de 6 meses a 2 anos, além de multa.