Estaleiros, Cruzadores e Porta-Aviões: China supera EUA na construção naval e ameaça equilíbrio global
A China está promovendo uma intensa expansão em sua construção naval, alterando o equilíbrio de poder no Extremo Oriente e sinalizando uma potencial mudança na supremacia naval global.
Essa crescente capacidade naval chinesa, impulsionada por mais estaleiros, navios de guerra mais avançados e porta-aviões em rápida progressão, coloca os Estados Unidos e seus aliados diante de um novo desafio estratégico.
Mais estaleiros e maior capacidade de produção
Ao longo dos últimos 25 anos, a Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLA) passou de uma força costeira modesta para uma potência naval grandiosa. Isso se deve aos investimentos contínuos do Partido Comunista Chinês (PCC) em estaleiros e tecnologia naval. A China possui 13 grandes estaleiros navais, enquanto os EUA têm apenas sete.
Só para dar um exemplo, um único estaleiro chinês, o Jiangnan Shipyard, é quatro vezes maior que o maior estaleiro americano, demonstrando a escala da capacidade de produção naval chinesa.
Navios de guerra mais numerosos e modernos
A China supera os EUA na quantidade de navios de guerra e submarinos em produção. Em 2023, a Marinha do PLA já operava oito cruzadores Tipo 055 Renhai, considerados mais letais que sistemas equivalentes americanos, e planeja ter pelo menos seis grupos de ataque de porta-aviões em funcionamento até 2035.
Esses cruzadores são equipados com sistemas avançados de lançamento vertical, capazes de disparar vários tipos de mísseis.
Porta-aviões em rápida evolução
A China também avança rapidamente em sua tecnologia de porta-aviões. O segundo porta-aviões chinês, o Shandong, já realiza exercícios com fogo real, e o terceiro, o Fujian de 80.000 toneladas, está em testes no mar, com previsão de operacionalização em 2025.
A China pretende ter seis grupos de ataque de porta-aviões funcionando até 2035. Em 2023, os porta-aviões chineses realizaram lançamentos e recuperações noturnos, além de operações em águas profundas no Pacífico, rivalizando com os porta-aviões dos EUA.
Comparação com os EUA
Enquanto a China avança, a indústria de construção naval dos EUA enfrenta atrasos e gargalos, com uma frota menor do que tinha em 1940. Em 2024, a Marinha dos EUA anunciou atrasos em programas de construção naval, incluindo submarinos.
O primeiro submarino da classe Columbia, por exemplo, está 16 meses atrasado, e os novos submarinos da classe Virginia estão até 36 meses atrasados.
Esses atrasos comprometem a capacidade dos EUA de manter sua superioridade naval e a revitalização naval americana em larga escala parece improvável devido a restrições orçamentárias.
Diante da assimetria naval, os EUA buscam soluções como o uso de milhares de sistemas autônomos e não tripulados para deter a China em um potencial conflito por Taiwan.
Impacto Global
Em 2023, a China comissionou 170.000 toneladas de navios de guerra e submarinos, um aumento em relação aos 110.000 toneladas de 2022. Em contraste, a Marinha dos EUA, com 290 navios, é menor do que antes da Segunda Guerra Mundial.
A tendência indica que a China continuará a expandir sua marinha, alterando ainda mais o equilíbrio de poder naval global.
Com informações de GIS