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Descubra como a sexta maior Marinha do mundo já pertenceu à Pepsi Cola

Que a Pepsi é uma das marcas americanas mais icônicas do mundo, isso ninguém tem dúvida. Todo mundo, em algum momento da vida, já discutiu se esta a popular marca de refrigerante é ou não é melhor do que a Coca-Cola.

por Rafael Cavacchini
29/07/2024
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Placa da Pepsi em Moscou, Rússia, União Soviética, 1986. Logo aparece tanto em russo quanto em inglês. Foto: Reprodução

Placa da Pepsi em Moscou, Rússia, União Soviética, 1986. Logo aparece tanto em russo quanto em inglês. Foto: Reprodução

O que quase ninguém sabe, é que a empresa tem uma história única, que envolve uma complexa negociação com a União Soviética, um comércio internacional peculiar e um momento único na história militar e empresarial. Que culminou, bem, na Pepsi possuindo a 6ª maior marinha do mundo.

Um acordo inusitado

Em 1959, durante a Exposição Nacional Americana em Moscou, o então vice-presidente Richard Nixon e o líder soviético Nikita Khrushchev participaram do famoso “Debate da Cozinha”. O debate girava sobretudo sobre a eterna disputa entre comunismo versus capitalismo e a eficácia de seus modelos econômicos. Esperando acalmar qualquer tensão, o chefe da Pepsi International, Donald Kendall, ofereceu a Khrushchev uma Pepsi. O lider soviético apreciou imediata e imensamente a bebida.

Nikita Khrushchev e Richard Nixon na Exposição Nacional Americana, 1959. Foto: Divulgação

No entanto, durante a Guerra Fria, a União Soviética tinha um problema peculiar: a falta de moeda forte para adquirir bens de consumo ocidentais. Anos depois da exposição, os russos desejavam fazer um acordo com a Pepsi para garantir que seus produtos permaneceriam no país permanentemente. Como seu dinheiro não era aceito em todo o mundo, havia um problema sobre como o governo pagaria pela troca. Foi quando surgiu a brilhante ideia: vamos pagá-los com vodka.

Sob o novo acordo , a URSS forneceria vodca de sua marca estatal, Stolichnaya, para revenda nos Estados Unidos, em troca da Pepsi. A Stolichnaya experimentou popularidade imediata ao entrar no mercado dos EUA. Em 1973, vendia cerca de 30.000 caixas anualmente no país. Já em 1978, havia atingido 200.000 vendas anuais. Em 1980, suas vendas ultrapassaram um milhão de caixas por ano, tornando-a a segunda vodca mais popular da América.

Este acordo de escambo foi bem-sucedido por um tempo, mas nos anos 1980, a União Soviética precisava expandir essa parceria, enfrentando novamente a escassez de moeda forte.

A Marinha da Pepsi

Em 1989, para renovar o contrato, a União Soviética ofereceu à PepsiCo uma troca ainda mais incomum: uma frota de navios. Essa frota incluía nada menos do que 17 submarinos, um cruzador, uma fragata e um destróier. Os submarinos eram antigos, mas a escala da negociação ainda era impressionante. Ao aceitar a frota, a PepsiCo se tornou, temporariamente, a sexta maior marinha do mundo em termos de número de submarinos.

A PepsiCo, no entanto, não tinha intenção de manter esses navios de guerra. A empresa rapidamente vendeu a frota para um consórcio sueco que, por sua vez, vendeu os submarinos como sucata. Essa transação curiosa marcou um momento único na história, onde uma empresa civil possuía uma força naval considerável, ainda que brevemente.

Este episódio destacou a criatividade necessária para negociar em tempos de restrições econômicas e políticas severas. O CEO da PepsiCo na época, Donald Kendall, brincou dizendo: “Estamos desarmando a União Soviética mais rápido do que vocês.” Esta história não só ilustra a flexibilidade e a inovação nos negócios internacionais, mas também serve como um lembrete das estranhas realidades da Guerra Fria.


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