O Alaska, região americana rica em recursos naturais e estratégica para a defesa nacional, voltou ao centro das atenções após declarações provocativas de líderes russos. Recentemente, figuras como Dmitri Medvedev, ex-presidente da Rússia, e o presidente da Duma Estatal, Viacheslav Volodin, fizeram menções à possibilidade de retomada da região, causando preocupações nos Estados Unidos. A retórica surgiu em meio ao aumento da presença militar russa no Ártico e da colaboração com a China em exercícios próximos à área.
Historicamente, o Alaska foi vendido pelos russos aos Estados Unidos em 1867 por US$ 7,2 milhões, encerrando os esforços coloniais russos na América do Norte. No entanto, discursos recentes reacenderam o interesse na região, destacando sua importância estratégica e econômica. A área é rica em petróleo, gás natural e minerais, além de desempenhar papel crucial no monitoramento de ameaças aéreas e marítimas, especialmente no Ártico.
Nos últimos meses, atividades militares russas e chinesas aumentaram na região, incluindo exercícios conjuntos que se aproximaram do Alaska. Em setembro de 2024, aeronaves e navios militares de ambos os países chegaram à zona de identificação aérea do Alaska, levando os Estados Unidos a reforçar a segurança com envio de tropas e lançadores de foguetes móveis para áreas estratégicas.
A Rússia, por sua vez, mantém uma infraestrutura militar significativamente maior no Ártico em comparação aos Estados Unidos e aliados da OTAN. A reabertura de bases da era soviética e o fortalecimento de posições próximas ao Alaska refletem a crescente disputa por influência no Ártico, impulsionada pelo recuo do gelo e pelo aumento da acessibilidade às rotas marítimas e recursos energéticos da região.
Embora analistas considerem improvável uma invasão russa em larga escala, as ameaças levantam o risco de conflitos híbridos, como ataques cibernéticos e campanhas de desinformação. Especialistas avaliam que as declarações russas podem ter caráter interno, buscando demonstrar força política, mas servem como alerta para os Estados Unidos aumentarem sua vigilância.
O Alaska continua a ser um ponto estratégico e de atenção prioritária para a segurança nacional americana. Em um cenário de tensões crescentes entre potências globais, a região se consolida como peça central na disputa pelo controle do Ártico, reforçando a necessidade de uma resposta robusta e coordenada dos Estados Unidos e aliados.
Com informações de: Hoje no mundo Militar