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Do trilhão americano à crise brasileira: Trump propõe maior orçamento militar da história dos EUA para 2026, com US$ 1 trilhão destinados à Defesa, enquanto o Brasil observa de longe, atolado em cortes, atrasos e sucateamento, e generais das Forças Armadas pedem socorro diante da falta crônica de investimentos

Com US$ 1 trilhão destinados à Defesa, Trump quer recolocar os EUA como potência militar suprema. A proposta corta recursos sociais, prioriza muros, armas e satélites. Enquanto isso, o Brasil luta por verba mínima para manter seus soldados treinados.

por Alisson Ficher
12/05/2025
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A notícia caiu como uma bomba nos bastidores da geopolítica internacional: os Estados Unidos apresentaram uma proposta orçamentária para 2026 que pode redefinir o equilíbrio de poder no mundo.

Com o retorno de Donald Trump ao poder, o orçamento proposto para a área de Defesa salta para números sem precedentes, despertando reações dentro e fora do país.

Segundo informações do portal ”Forças Terrestres”, dados oficiais divulgados indicam que a proposta da administração Trump prevê um orçamento de US$ 1,01 trilhão para o setor de defesa em 2026, representando um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

Para atingir esse valor recorde, o governo norte-americano espera a aprovação de cerca de US$ 119 bilhões adicionais por meio de um projeto de reconciliação fiscal que ainda tramita no Congresso.

Foco em guerra, fronteiras e espaço

A proposta trilionária não surge por acaso, ela reflete uma estratégia agressiva de reposicionamento dos Estados Unidos diante de rivais estratégicos como China, Rússia e Irã, além de tensões no Oriente Médio e no Indo-Pacífico.

Entre os principais pontos da proposta estão:

US$ 175 bilhões destinados ao reforço da segurança nas fronteiras, dos quais US$ 43,8 bilhões seriam exclusivamente para deportações e para a finalização do muro na fronteira sul.

Aumento nos investimentos em defesa antimísseis e guerra espacial, sinalizando um avanço na chamada “corrida espacial militarizada”.

Recursos significativos para a modernização de equipamentos, desenvolvimento de tecnologias emergentes e aumento salarial para as tropas.

O orçamento também amplia o financiamento a programas de inteligência artificial militar, armas hipersônicas e capacidades cibernéticas ofensivas.

Corte brutal em áreas sociais

O crescimento do orçamento de defesa, no entanto, não veio acompanhado de uma expansão proporcional em outras áreas.

A proposta também contempla cortes de US$ 163 bilhões em gastos discricionários não relacionados à defesa, atingindo diretamente setores como:

  • Educação pública
  • Programas habitacionais
  • Pesquisa médica
  • Energia renovável
  • Ajuda internacional
  • Proteção ambiental

Esses cortes provocaram reações imediatas tanto entre democratas quanto entre republicanos, com muitos alertando que a medida poderia desequilibrar ainda mais o tecido social norte-americano.

Oposição no Congresso e entre militares

Apesar do apoio da ala mais conservadora, a proposta enfrenta fortes críticas no Congresso, inclusive de parlamentares do próprio Partido Republicano.

O senador Roger Wicker, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, disse estar preocupado com a suficiência do orçamento, argumentando que os valores podem ainda ser “insuficientes diante da crescente agressividade da China, da Rússia, do Irã e de grupos extremistas”.

Democratas classificaram o orçamento como uma “declaração de guerra contra os pobres”, enfatizando que a segurança nacional não deve ser construída às custas dos programas sociais.

Brasil enfrenta crise de financiamento na Defesa

A proposta trilionária dos Estados Unidos escancara ainda mais a discrepância entre o investimento militar das grandes potências e o orçamento destinado à defesa por países em desenvolvimento como o Brasil.

Enquanto o governo americano projeta gastar mais de US$ 1 trilhão apenas em 2026, as Forças Armadas brasileiras operam com recursos limitados e frequentemente desatualizados.

Generais e comandantes das três Forças, Marinha, Exército e Aeronáutica, vêm cobrando insistentemente um aumento consistente nos investimentos em Defesa, alertando para a estagnação de projetos estratégicos e a perda de capacidade operacional.

A defasagem tecnológica, a lentidão na modernização de equipamentos e a carência de recursos para treinamentos são apontadas como entraves para que o Brasil consiga manter sua soberania e projetar influência regional.

A comparação entre os cenários evidencia que, enquanto potências como os EUA caminham para consolidar sua supremacia militar global, o Brasil ainda luta para garantir o básico para suas tropas.

Em 2025, por exemplo, o orçamento do Ministério da Defesa brasileiro ficou na casa dos R$ 122 bilhões (cerca de US$ 24 bilhões), dos quais mais de 80% são consumidos com folha de pagamento, restando pouco para investimentos em equipamentos, infraestrutura ou pesquisa tecnológica.

Orçamento militar como reflexo de ambições globais

A proposta orçamentária de Trump reflete não apenas uma escolha fiscal, mas uma visão estratégica do papel dos EUA no mundo.

Com a intensificação de rivalidades militares e comerciais, o investimento em Defesa passa a ser tratado como uma prioridade absoluta, mesmo que isso signifique cortes drásticos em outras áreas.

A nova corrida armamentista, agora digital, hipersônica e espacial, exige recursos bilionários e decisões políticas de longo prazo.

Ao mesmo tempo, países com menor capacidade fiscal, como o Brasil, enfrentam o dilema entre atender às urgências sociais e modernizar suas Forças Armadas, muitas vezes sob o risco de ver projetos estratégicos abandonados ou paralisados.

Futuro incerto: aprovação e consequências

O orçamento ainda precisa ser aprovado pelo Congresso americano e poderá sofrer alterações profundas durante as negociações parlamentares, especialmente se as pressões por ajustes em áreas sociais ganharem força.

Ainda assim, o valor proposto sinaliza ao mundo a retomada da postura militarista e intervencionista de Trump, semelhante à que marcou seu primeiro mandato.

Se aprovado, esse será o maior orçamento de defesa da história moderna dos Estados Unidos, consolidando o país como a potência militar absoluta do planeta, mas à custa de uma divisão interna cada vez mais evidente.

 

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