
Ação militar expõe fragilidade do regime de Maduro
Os Estados Unidos executaram uma operação militar confidencial na Venezuela, resgatando cinco opositores políticos que estavam refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas. A missão foi realizada sem aviso prévio e sem acordo diplomático com o regime chavista, revelando a vulnerabilidade do governo de Nicolás Maduro e colocando em xeque o silêncio de seus principais aliados geopolíticos.
Cinco opositores estavam sitiados sob condições desumanas
Os prisioneiros políticos estavam asilados na embaixada desde março de 2024, após perseguições intensificadas por parte do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin). Isolados, sem luz, água, comida ou assistência médica, enfrentaram meses de cerco e um deles chegou a falecer por falta de cuidados. A operação americana pôs fim ao impasse diplomático com uma ação coordenada e precisa, realizada enquanto Maduro visitava Vladimir Putin em Moscou.
Marco Rubio confirma e celebra a missão
O senador Marco Rubio confirmou a operação em seu perfil no X (antigo Twitter), classificando o regime de Maduro como ilegítimo e denunciando as violações sistemáticas aos direitos humanos. Em Washington, parlamentares elogiaram a eficácia da ação. Já o ditador venezuelano tentou minimizar o ocorrido, alegando falsamente que teria negociado a extradição com os Estados Unidos.
Infobae e lideranças da oposição desmentem versão chavista
Fontes como o portal Infobae e opositores como María Corina Machado e Edmundo González Urrutia refutaram a narrativa do governo Maduro. Segundo os relatos, a operação foi conduzida de forma unilateral pelos EUA, sem qualquer articulação com Caracas. O episódio reforça a tese de que a Venezuela vive sob um regime autoritário e isolado internacionalmente.
Embaixada estava sob tutela do governo brasileiro
A embaixada da Argentina estava sob custódia do governo brasileiro após a ruptura diplomática entre Argentina e Venezuela. A passividade de Brasília diante do cerco à missão diplomática argentina levanta questionamentos sobre o papel do Brasil na crise, especialmente diante do apoio explícito do presidente Lula da Silva ao regime de Maduro.
Foro de São Paulo e a geopolítica regional
A operação reacende o debate sobre a influência do Foro de São Paulo na América Latina. Criado para articular partidos e regimes de esquerda no continente, o grupo é acusado de fomentar instabilidade e proteger ditaduras regionais. O Brasil, segundo críticos, atua como elo político e logístico dessa rede.
Quem são os cinco resgatados?
Os opositores resgatados representam figuras-chave da resistência democrática ao regime chavista:
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Magali Meda – Estrategista política e defensora da liberdade de expressão.
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Cláudia Maceiro – Jornalista e coordenadora de comunicação do partido Vem Ter Venezuela.
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Omar Gonzalez Moreno – Escritor, jornalista e professor universitário.
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Pedro Uchurrurtu – Cientista político e coordenador de assuntos internacionais.
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Humberto Villa-Lobos – Especialista em controladoria eleitoral.
A liberdade ainda está em risco
Apesar do sucesso da missão americana, a crise venezuelana segue sem solução. A repressão política, a crise humanitária e o colapso institucional persistem. A operação evidencia a necessidade de medidas concretas da comunidade internacional para proteger a liberdade e a democracia na Venezuela.
Fontes: g1.globo / Paulo Henrique Araújo – X