A força aérea brasileira figura entre as 25 mais poderosas do mundo em 2025, segundo os rankings do World Directory of Modern Military Aircraft (WDMMA) e do Global Fire Power, com destaque absoluto na América Latina. As listas avaliam a capacidade militar aérea de mais de 100 países e posicionam o Brasil como o 16º colocado no WDMMA e 22º no levantamento da Global Fire Power.
Destaque nos rankings internacionais
De acordo com o WDMMA, a Força Aérea Brasileira (FAB) ocupa a 16ª posição global, com 418 unidades ativas consideradas modernas e aptas para missões de ataque, transporte, apoio e operações especiais. A classificação exclui drones e aeronaves não tripuladas, priorizando vetores tripulados com capacidade de combate. No total, 129 forças armadas de 103 países foram analisadas.
Já o Global Fire Power considera o número total de aeronaves das três forças armadas do país (FAB, Exército e Marinha), resultando em 513 unidades. Com isso, o Brasil aparece em 22º lugar no ranking de 2025, que avalia 145 nações. Dessas, 333 são classificadas como prontas para combate, entre caças, aviões de ataque, helicópteros, aeronaves de treinamento e transporte.
Brasil lidera na América Latina
O Brasil é, de longe, a força aérea mais poderosa da América Latina em ambos os rankings. No WDMMA, o país latino-americano mais próximo é o Chile, na 37ª posição. No levantamento do Global Fire Power, a Colômbia ocupa o 27º lugar com 436 aeronaves, seguida pelo México, Chile, Peru, Argentina e Venezuela. Nenhuma dessas nações supera a marca brasileira de mais de 500 aeronaves militares operacionais.
A superioridade regional do Brasil reflete sua estratégia de defesa aérea, que inclui investimentos em caças modernos, aviões de transporte de alta capacidade e plataformas de treinamento. Apesar disso, limitações como a escassez de aviões-tanque e helicópteros de ataque impactam negativamente a pontuação geral da frota nacional.
Composição da frota brasileira
A Força Aérea Brasileira possui atualmente 364 aeronaves, sendo 81 de combate. Entre os modelos utilizados estão o AMX (8 unidades), o A-29 Super Tucano (30), o F-5EM (35) e o recém-incorporado Gripen E (8 unidades). Para missões especiais, há 25 aeronaves, incluindo o C295, EMB-110 Bandeirante, ERJ-145 e P-3AM.
As aeronaves de transporte incluem o A330 MRTT (2 unidades), KC-390 (7), C295 (9), Caravan (30), EMB-110 (26), EMB-120 (17), ERJ-145 (6) e Phenom 100 (2). A frota de helicópteros conta com 29 aeronaves, entre elas o H225M e o S-70 Black Hawk. Para treinamento, destacam-se o Tucano (33), Super Tucano (62), AMX-T (2) e os helicópteros H125M (19).
Exército e Marinha também operam aeronaves
O Exército Brasileiro mantém uma frota de 91 aeronaves, a maioria composta por helicópteros para transporte e apoio. Os modelos incluem AS365/565 (32 unidades), H125M/AS550 (33), H215M/AS532 (8), H225M (14) e S-70 (4 unidades).
A Marinha do Brasil opera 58 aeronaves, incluindo 3 caças A-4KU, helicópteros H125M (16), H135 (2), H225M (13), Lynx (5) e S-70 (6). A aviação naval também possui aeronaves de treinamento como o Bell 206 (10 unidades) e o TA-4KU (3).
Potências globais ampliam superioridade aérea
Os Estados Unidos mantêm ampla vantagem sobre os demais países, com um total de 13.043 aeronaves militares registradas em 2025. A Rússia aparece em segundo lugar com 4.292 unidades, seguida pela China (3.309), Índia (2.229) e Coreia do Sul (1.592). Segundo o Global Fire Power, Rússia, China e Coreia do Sul expandiram suas frotas em relação aos dados de 2024.
A presença de países latino-americanos entre os 50 primeiros do ranking é limitada a sete nações. Além do Brasil, aparecem Colômbia, México, Chile, Peru, Argentina e Venezuela, com frotas que variam de 229 a 462 aeronaves.
Ranking Global Fire Power 2025 – As 25 maiores forças aéreas do mundo
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Estados Unidos – 13.043 aeronaves
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Rússia – 4.292 aeronaves
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China – 3.309 aeronaves
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Índia – 2.229 aeronaves
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Coreia do Sul – 1.592 aeronaves
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Japão – 1.443 aeronaves
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Paquistão – 1.399 aeronaves
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Egito – 1.093 aeronaves
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Turquia – 1.083 aeronaves
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França – 976 aeronaves
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Arábia Saudita – 917 aeronaves
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Coreia do Norte – 861 aeronaves
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Taiwan – 761 aeronaves
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Itália – 729 aeronaves
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Reino Unido – 631 aeronaves
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Israel – 611 aeronaves
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Argélia – 608 aeronaves
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Alemanha – 584 aeronaves
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Grécia – 558 aeronaves
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Irã – 551 aeronaves
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Emirados Árabes Unidos – 551 aeronaves
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Brasil – 513 aeronaves
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Tailândia – 493 aeronaves
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Polônia – 479 aeronaves
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Espanha – 461 aeronaves
A informação foi divulgada por “noticias.uol” e complementada com dados públicos disponíveis nos sites do Global Fire Power, do World Directory of Modern Military Aircraft (WDMMA) e de comunicados institucionais das Forças Armadas brasileiras.