Militares da reserva levantam questões intrigantes sobre assassinato do Coronel Molinas. A frase “queima de arquivo” foi mencionada diversas vezes na semana em que o Coronel Molinas foi assassinado. Mas a quem interessaria essa queima de arquivo?
Um militar da reserva que serviu nas instituições de repressão aos comunistas declarou que mesmo sendo membro da comunidade de inteligência nunca chegou a saber que o falecido havia comandado o Doi-Codi do Rio de janeiro. Pelo que se percebe Júlio Miguel Molina Dias, de 78 anos de idade, era discretíssimo em relação ao seu passado. Outros militares da reserva que também serviram na área de informações declararam sua surpresa ao ver tão rapidamente divulgada a informação sobre o passado do Coronel Molinas. Fica a pergunta: quem teria informado tão rapidamente os jornais sobre o passado do militar? Quando um crime acontece na rua raramente a residência da vítima é revistada, aí vem outra questão. Qual era a necessidade de se revistar a residência do coronel? Pelo visto os documentos que possuía já foram examinados, papeis sobre o caso Riocentro e do Sr Rubens Paiva foram logo encontrados, enquanto os assassinos permanecem soltos. A polícia sob o comando do Governador Tarso Genro ainda não conseguiu apurar muita coisa sobre o assassinato, nem por que foram 15 tiros disparados, um tiroteio pouco comum para um “simples” assalto. Por que os documentos foram entregues tão rapidamente nas mãos do governador Tarso Genro? Este, que esteve no Rio na ocasião da baderna em frente ao Clube Militar parece ainda bastante interessado em assuntos referentes à repressão aos terroristas.
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