MILITARES Depõem Presidente do EGITO
O General declarou que as forças armadas não podiam ficar inertes diante do clamor popular.
A irmandade islâmica, que apoiada pelos EUA pretende assumir o controle do Oriente Médio, sofre um grande golpe. Atrocidades contra cristãos e governos cada vez radicais e baseados no alcorão são as marcas da Irmandade que tem promovido a chamada "primavera árabe".
O general egípcio Abdel Fattah al-Sissi cumpriu a palavra dos militares e depôs Mohamed Morsi da presidência. Numa declaração feita ao país pouco passava das 20h (hora de Lisboa), anunciou a suspensão da Constituição de linha islamista e a marcação de eleições presidenciais antecipadas.
A chefia do Estado passa temporariamente para as mãos do presidente do Tribunal Constitucional, disse o general, e vai ser criado um governo de tecnocratas para gerir o país até ser eleito um novo Presidente.
A notícia da deposição de Morsi foi aplaudida pelas centenas de milhares de pessoas que, desde domingo, enchem a Praça Tahrir do Cairo. Deposi do discurso do general, uma série de figuras públicas e políticas como o representante da oposição Mohammed El-Baradei, o patriarca copta ortodoxo Tawadros II e o grande imã Ahmed Al-Tayeb, da Al-Azhar, principal autoridade sunita do mundo, pediram aos egípcios para se manterem calmos.
A chamada "segunda revolução" – a primeira, há dois anos e meio, depôs Hosni Mubarak -, em curso desde o fim-de-semana, matou 16 pessoas, sobretudo em confrontos entre hostes pró e contra Morsi.
A meio da tarde terminara o ultimato de 48 horas que os militares tinham dado a Morsi para ouvir o povo nas ruas e aceitar mudar o rumo da governação no Egipto. No texto do ultimato os militares esclareciam que não pretendiam tomar o poder – o Egipto esteve, durante décadas, debaixo de ditaduras militares.
O general Sissi disse que o Presidente deposto não deu qualquer sinal de cedência ou de aceitação do diálogo; o paradeiro de Morsi, que abandonou no domingo o palácio presidencial, não foi revelado.
As tropas, apoiadas por veículos blindados, posicionaram-se durante a tarde junto do palácio presidencial e em redor dos principais ajuntamentos de apoiantes da Irmandade Muçulmana e de Mohamed Morsi. O repórter doNew York Times que no local escreveu na sua conta Twitter que, nesse momento, "o golpe começou". Os militares também assumiram o controlo dos estúdios da televisão nacional e deram ordens aos funcionários não essenciais para deixarem o edifício.
Num discurso terça-feira à noite, Morsi afastara a possibilidade de se demitir. “Se o preço que devo pagar por defender a legitimidade é o meu sangue, estou disposto a pagá-lo pelo meu país”, disse o dirigente da Irmandade Muçulmana, num discurso em que responsabilizou “os rostos do antigo regime” – de Hosni Mubarak – pela crise que o país vive. Uma posição reafirmada já nesta quarta-feira pelo seu porta-voz: “É melhor um presidente morrer em pé como as árvores do que abrir caminho ao regresso da ditadura ao Egipto, da qual fomos salvos por Deus e a vontade do povo.
Mohamed Morsi foi acusado de ter iniciado um procesos de islamização do Egipto através da aprovação de uma nova Constituição. Concentrou na presidência uma série de poderes e suspendeu o Parlamento. A oposição denunciou também que no ano em que foi Presidente (foi eleito em eleições livres e conseguiu um pouco mais de 50% dos votos) decalcou formas de repressão do regime de Mubarak, como perseguição a opositores e uso de violência contra a população.
Na sua conta do Twitter, Morsi reagiu ao anuncio de Abdel Fattah al-Sissi. Denunciou um "golpe de Estado" que deve ser rejeitado pelos "egípcios livres". Um dos seus colaboradores que falou sob anonimato à AFP disse: "O que eles fizeram é ilegal e não têm autoridade para o fazer".
https://sociedademilitar.com.br
De Jornais Portugueses e espanhóis.