A democracia fracassou no Brasil? Regime militar pode voltar?
Eles querem a Volta dos Militares! Eles garantem que vão marchar dia 22 de março em várias capitais. Quem são essas pessoas e o que eles realmente desejam?
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Pedir às forças armadas que intervenham na política é algo perfeitamente plausível para milhares de cidadãos brasileiros. Eles declaram que se pautam no artigo da CF de 1988 que diz que as instituições militares devem garantir a lei, a ordem e os poderes constituídos. Essas pessoas há alguns meses têm articulado pelas redes sociais uma grande manifestação, marcada para o dia 22 de março, visando dizer ao Brasil e ao mundo que desejam uma nova intervenção militar. Na ótica dessas pessoas, a ação dos militares, junto com a sociedade dos anos 60, foi essencial para o Brasil. Eles dizem que os militares, caso intervenham novamente, deixarão o poder em pouco tempo, ficando em seu lugar um governo provisório, formado por civis de conduta ilibada.
Acessando os links fornecidos pela organização pudemos calcular que os grupos e páginas que aderiram ao evento contam com cerca de 35.000 pessoas que participam diariamente, comentando e mencionando os artigos nas redes sociais, principalmente no twitter e facebook. Contudo, o número de seguidores das páginas é bem maior, provavelmente passa dos 350 mil, um número assustador, principalmente levando-se em conta que na internet ninguém é passivo, todos são multiplicadores de informação.
Eles não defendem nenhum partido político, criticam a doação de dinheiro para o governo cubano, criticam o sistema de saúde, a contratação de médicos cubanos pelo governo e gastos para a realização de grandes eventos esportivos em um Brasil que, na sua visão, não proporcionaria uma qualidade de vida pelo menos razoável para seus próprios cidadãos.
Entre as solicitações do movimento estão: "1 – destituir a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer… 2 – dissolver o Congresso Nacional 3 – prisão de todos os conspiradores por corrupção e alta traição… 4 – dissolução de todos os partidos 5 – Intervenção em todos os governos estaduais e municipais e seus respectivos legislativos… 6 – combate sistemático à corrupção e subversão. 7 – intervenção no STF, cuja presença de ministros simpáticos aos conspiradores é clara e evidente …".
Quando questionados sobre possiveis confrontos com militantes de esquerda, que prometem comparecer ao local, e até realizar uma marcha em paralelo, os defensores da intervenção militar dizem que não ha nenhum tipo de receio. Segundo eles, a polícia e demais orgãos de segurança já foram informados sobre a manifestação.
Críticos da proposta de intervenção dizem que é uma campanha irracional, haja vista que não haveria mais o risco de algum país se tornar comunista em pleno sec.XXI.
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Nos últimos meses a discussão entre esquerda e direita é cada vez mais intensa no Brasil. A esquerda chama os organizadores da manifestação de reacionários, fascistas e extremistas de direita. Talvez eles sejam realmente reacionários, afinal, pedem uma reação contra os supostos desmandos perpetrados pelo governo atual. Porém, acusa-los de Fascismo e de ser de extrema de direita não é plausível. Quem se opõe ao evento cita principalmente a tortura e autoritarismo como características dos militares.
Foi marcado também para o dia 22, no mesmo local, a "Marcha Antifascista", organizada pelo grupo Ação Antifascista Brasil. A chamada é atrevida e merece a atenção das autoridades, ja que ao contrário dos manifestantes da Marcha da família, o grupo que se diz anti-fascista promete uma BADERNA, veja: "já que eles querem tanto a ordem, vamos trazer para a burguesia a verdadeira "baderna do povão" já que como disse o ilustre DITADOR Figueiredo "Prefiro o cheiro de cavalos ao do povo".
A grande mídia tem se calado em relação a Marcha da Família com Deus marcada para o final desse mês. O silêncio pode ser um sinal de que o evento realmente oferece perigo à ordem vigente. É certo que se ocorrer mesmo, no mínimo causará um considerável prejuizo político para o governo atual. E a grande verdade é que os manifestantes da marcha da família tem direito de expressar sua opinião, isso é endossado pela constituição federal, e as autoridades tem de garantir esse direito.
É obvio que entendemos que aqueles que são a favor do governo atual também tem direito de se manifestar, desde que de forma realmente pacífica. Esse mes de março, aniversario de 50 anos da intervenção militar no país, promete ser bem movimentado, parece que a direita, antes calada, pretende mostrar sua força. Além da marcha da família ha várias comemorações em memória do evento que, indiscutivelmente, livrou o Brasil do Comunismo.
As autoridades tem de estar atentas, se existe uma quantidade tão grande de pessoas que vê nos militares a única alternativa para salvar o país, e que por isso solicitam uma intervenção das forças armadas, certamente há muita coisa errada acontecendo no Brasil. Será que nossa democracia fracassou mesmo, precisaremos começar de novo? Será que não precisamos de uam reforma muito mais ampla do que se ousa propor?
Na visão de alguns oficiais, como o general Valmir da Fonseca, uma intervenção dos militares é algo muito difícil de ocorrer, não passaria de uma esperança infundada . "A Contrarrevolução de 31 de março de 1964 e os resultados funestos para aquela heroica ação no atual cenário tornaram – se uma pesada acusação para os então bem intencionados chefes militares. Na atualidade, as injustiças levam a qualquer autoridade militar a pensar muitas vezes, se valerá a pena um novo sacrifício. O povo brasileiro merece ou mereceu o esforço? …". Outros oficiais, como o General Paulo Chagas, acham que é de suma importância que a sociedade esclarecida vá para o palco político e declare o que pensa, e o que deseja.
Veja: – General se manifesta sobre a Marcha da Família. Clique Aqui.
– Abaixo assinado pedindo retorno dos militares já incomoda o governo.:
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