Representante dos policiais federais ameaça convocar SOCIEDADE para “acabar com esse escárnio”
Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF), disse em reunião tensa com membros do governo no Ministério do Planejamento que o governo gastou 6 bilhões em emendas parlamentares e agora ameaça apertar o cinto negando reajustes já concedidos para o funcionalismo público. O vídeo da reunião pode ser assistido na rede social da Federação Nacional dos Policiais Federais
O líder criticou também os seguidos REFIS e disse que isso incentiva a sonegação no país. “500 bilhões de calote de refis… Se eu sou empresário eu não pago imposto nunca mais… “.
O policial disse que a polícia federal vai para as ruas junto da sociedade e que vão defender o povo contra bombas de gás e repressão policial.
“Vamos pra rua e vamos chamar a população para ir pra frente do Congresso Nacional … e vamos garantir a segurança de quem está ali. Chega de teatrinho… de bombas de gás… vamos convocar a população para acabar com esse escárnio que está acontecendo.”
Os policiais federais publicaram lista das medidas defendidas pela União dos Policiais do Brasil para higienização das finanças públicas.
– Fim das Fraudes no INSS. Realizar o total cruzamento de dados de todas as áreas públicas para evitar as fraudes BILIONÁRIAS dos benefícios pagos pelo INSS. Hoje, mais de 1/3 do que é pago pelo INSS é FRAUDE. Os sistemas em geral permitem a manipulação de informações (GFIP, cartórios, hospitais, identificação, laudos médicos e da segurança do trabalho, sistema prisional etc). Não há controle algum e cerca de R$ 11 bilhões por mês, mais de R$ 143 bilhões por ano, são jogados no lixo dos fraudadores da Previdência Social.
– Cobrança dos grandes devedores não falidos e ativos. São bilhões e bilhões de reais em dívidas não pagas. Aliás, há propostas de novas leis para Execução Fiscal mais célere, efetuadas pela Procuradoria da Fazenda Nacional, e que estão paradas no Congresso à espera de um milagre para serem votadas, que agilizariam sobremaneira essa cobrança.
– Celeridade processual administrativa e Judicial. Por que não há um processo mais célere para homologar os parcelamentos junto à Receita Federal? Hoje uma empresa adere a um parcelamento e passa a pagar quase 2 anos de parcelas mínimas e irrisórias, para só depois pagar o valor real das parcelas. Tudo isso porque o processo de homologação do parcelamento é lento e burocrático. Daí uma empresa devedora fica pagando por 2 anos parcelas pífias, beneficiando-se de certidões para poder participar de licitações e o recurso público não é arrecadado pela morosidade estatal.
– O Fim da DRU para a Seguridade Social. Por que o Governo Federal insiste em afirmar que a Seguridade Social é deficitária, mas também insiste em extrair mensalmente, por meio da DRU (Desvinculação das Receitas da União), 30% desse mesmo caixa “deficitário”?
– Transparência nas contas previdenciárias. Esclarecer à população brasileira que valores arrecadados do PIS e COFINS sobre a receita e faturamento de todas as empresas do país ou o SIMPLES NACIONAL, CSLL sobre o lucro, PIS e COFINS sobre a importação, percentual de loterias públicas (100% do líquido deveria ir para a Seguridade Social) e privadas (5% do bruto deveria ir para a Seguridade Social), deveriam fazer parte das receitas, ou seja, essa arrecadação bilionária também deveria entrar nas contas, o que tornaria a Seguridade Social superavitária.
– Fim por completo de renúncias fiscais bilionárias. Desonerações de folha de salários (empresas de transportes, construção civil, rádio, TV e Comunicação ainda continuam desoneradas). Por que essas isenções e imunidades? O Governo está abrindo mão de bilhões de reais por ano enquanto insiste em sufocar os trabalhadores.