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Do mensalão aos militares: ex-presidente da Câmara reaparece como intermediador de negócios com o Exército e a Defesa, mesmo após escândalos, João Paulo Cunha volta à cena com influência e prestígio em Brasília

Condenado no escândalo do mensalão, ex-presidente da Câmara reaparece discretamente nos bastidores do poder tentando intermediar reuniões entre empresários e o Ministério da Defesa, em meio a propostas envolvendo helicópteros, contratos públicos e fundos bilionários.

por Alisson Ficher
16/05/2025
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Nos bastidores da política brasileira, certas figuras conseguem manter influência mesmo após escândalos de grandes proporções.

Entre elas, está o nome de João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, condenado por corrupção no escândalo do mensalão, que parece ter reinventado sua trajetória.

Mesmo após cumprir pena, o petista ressurgiu no cenário político e empresarial com articulações discretas, porém estratégicas.

Segundo informações da revista ”Veja”, João Paulo Cunha articulou uma visita ao Ministério da Defesa, onde apareceu acompanhado de empresários do setor de combate a incêndios, oferecendo tecnologia e aeronaves.

A movimentação silenciosa, que não foi registrada nas agendas oficiais, chamou atenção pelo simbolismo e pelas possíveis implicações.

A volta ao jogo político com nova roupagem

Reabilitado politicamente após sua condenação, Cunha retomou influência nos círculos próximos ao governo.

Sua presença no Ministério da Defesa em uma reunião não divulgada oficialmente é vista como tentativa de mediar contratos com as Forças Armadas, especialmente no fornecimento de equipamentos para situações de emergência.

Durante o encontro, os empresários apresentaram um portfólio que incluía helicópteros utilizados em desastres ambientais recentes, como enchentes e queimadas em regiões remotas.

O foco da proposta era oferecer soluções integradas para missões de resgate, combate a incêndios florestais e apoio logístico, áreas em que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica atuam com frequência.

Apesar da apresentação e do esforço em abrir canais com o alto escalão militar, até o momento, nenhum contrato foi oficialmente assinado.

Interesses ocultos, reuniões discretas

Esse tipo de visita, embora classificada como “de cortesia”, é altamente valorizada em Brasília, pois permite contatos diretos com o poder e pode abrir caminhos para negócios bilionários.

Agendas não divulgadas oficialmente levantam suspeitas sobre a real natureza dos encontros, e reforçam o papel de figuras políticas como intermediárias entre empresários e o governo.

Da prisão ao escritório de advocacia de prestígio

João Paulo Cunha foi condenado em 2013 a seis anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva e peculato no escândalo do mensalão.

Cumpriu pena em regime fechado e, posteriormente, obteve o indulto presidencial concedido por Dilma Rousseff em 2016.

Durante o período em que esteve em prisão domiciliar, formou-se em Direito e, desde então, passou a atuar como advogado em causas de grande repercussão nacional.

Hoje, aos 66 anos, é sócio de um respeitado escritório jurídico com forte atuação em contratos públicos e fundos de pensão.

Entre os clientes da banca está a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que administra mais de R$ 250 bilhões.

A contratação do escritório por entidades desse porte sinaliza a influência mantida por Cunha mesmo após sua condenação.

A influência do passado que ainda ecoa

O escândalo do mensalão, revelado em 2005, envolveu o pagamento de mesadas a parlamentares em troca de apoio ao governo do PT no Congresso.

Mesmo vinte anos depois, seus protagonistas continuam exercendo influência nos bastidores da política nacional.

A reaproximação com o Ministério da Defesa mostra que alguns desses nomes voltaram a operar como pontes entre o setor privado e o governo, buscando transformar capital político em negócios concretos.

O caso acende o alerta para novas formas de lobby

Embora não haja ilegalidade em reuniões com autoridades, a falta de transparência e a ausência de registros públicos sobre os encontros levantam preocupações sobre práticas de lobby sem fiscalização.

As Forças Armadas, por sua vez, não comentaram oficialmente sobre o encontro ou se há interesse concreto em firmar contratos com o grupo empresarial apresentado por Cunha.

O Ministério da Defesa também não se manifestou até o momento sobre os critérios para aceitar visitas como a ocorrida em janeiro, o que reforça o caráter reservado da iniciativa.

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