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O rearmamento silencioso da Europa começa na Alemanha: fábricas da Volkswagen, antes dedicadas à produção de carros, agora viram centros de fabricação de tanques militares, iniciando uma nova fase estratégica após a guerra na Ucrânia.

Fábricas que antes produziam carros estão sendo transformadas para fabricar tanques, revelando uma mudança silenciosa, mas profunda, na economia e no papel geopolítico da Alemanha em um mundo que se prepara para novos conflitos e ameaças crescentes.

por Alisson Ficher
16/05/2025
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Em meio a um cenário de crescente tensão geopolítica e incertezas quanto ao apoio militar dos Estados Unidos à Europa, a Alemanha está passando por uma transformação industrial sem precedentes.

O que antes era sinônimo de inovação automotiva agora se reinventa como potência militar.

A conversão de fábricas de automóveis em unidades de produção de veículos blindados é o reflexo de uma mudança estratégica que vai além da indústria: é uma resposta direta à necessidade urgente de reforçar a segurança nacional e regional.

O rearmamento da Europa: uma resposta estratégica

A invasão russa da Ucrânia em 2022 e a postura do então presidente dos EUA, Donald Trump, de distanciar Washington de compromissos militares com a OTAN, impulsionaram a Europa a reconsiderar sua dependência de potências externas para sua defesa.

Esse cenário levou a Alemanha a adotar uma política de rearmamento, com investimentos significativos na indústria de defesa.​

A invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 expôs as vulnerabilidades da Europa em termos de segurança e defesa.

Embora a OTAN tenha sido criada para garantir a segurança coletiva dos países membros, a guerra na Ucrânia evidenciou que a aliança não estava suficientemente preparada para enfrentar ameaças convencionais em seu próprio território.

Além disso, a postura do então presidente dos EUA, Donald Trump, que questionou a eficácia da OTAN e sugeriu que os aliados europeus deveriam assumir maior responsabilidade por sua própria defesa, gerou incertezas sobre o compromisso dos EUA com a segurança europeia.​

Em resposta a esse contexto, a Alemanha iniciou uma série de iniciativas para fortalecer sua capacidade de defesa e reduzir sua dependência dos EUA.

Em março de 2025, o governo alemão anunciou um plano de investimento de €500 bilhões para modernizar suas Forças Armadas, a Bundeswehr.

Esse investimento inclui a aquisição de sistemas de defesa aérea, veículos blindados, drones e tecnologias de inteligência artificial, além do aumento do efetivo militar em pelo menos 20 mil soldados.

O objetivo é posicionar um contingente permanente na Lituânia, país que compartilha fronteira com a Rússia e é considerado estratégico para a segurança da região báltica.

O novo chanceler alemão, Friedrich Merz, enfatizou que a Europa não pode mais depender exclusivamente dos EUA para sua segurança e que é necessário investir na autonomia estratégica do continente.

Da Volkswagen para o campo de batalha

Segundo a matéria publicada pelo portal ”Terra”, um dos marcos dessa transformação é a possível conversão da fábrica da Volkswagen em Osnabrück em uma unidade de produção de veículos blindados.

Com a redução da demanda por automóveis e a necessidade de reestruturação, a Volkswagen está considerando a venda ou adaptação de suas instalações.

A Rheinmetall, por sua vez, vê na fábrica uma oportunidade estratégica para expandir sua capacidade de produção de equipamentos militares.

O CEO da Rheinmetall, Armin Papperger, afirmou que a fábrica de Osnabrück seria “muito adequada” para a produção de defesa, destacando que a adaptação das instalações existentes poderia ser mais econômica do que a construção de novas unidades.

No entanto, ele ressalta que essa transformação só ocorrerá se houver contratos substanciais de aquisição por parte do governo alemão.

Outras fábricas em processo de conversão

Além de Osnabrück, a Rheinmetall está convertendo outras duas fábricas automotivas na Alemanha para a produção de equipamentos militares.

Instalações em Berlim e Neuss, anteriormente dedicadas à produção de autopeças, estão sendo adaptadas para a divisão de Armas e Munições da empresa.

Essa transição reflete a crescente demanda por equipamentos de defesa e a necessidade de aproveitar a infraestrutura existente para atender a essa demanda.

A adaptação da força de trabalho

Com a reestruturação da indústria automotiva, há um movimento crescente para realocar trabalhadores para o setor de defesa.

A fabricante de peças automotivas Continental, por exemplo, firmou um acordo com a Rheinmetall para transferir funcionários afetados pela transformação do setor automobilístico para a produção de armas.

Essa colaboração visa cobrir as necessidades de pessoal da Rheinmetall nos próximos anos, aproveitando a experiência dos trabalhadores na indústria automotiva para a produção de equipamentos militares.

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