Aprovado PLC 44. MILITARES serão julgados por MILITARES em caso de acusação de CRIME em GLO
Aprovação da nova lei que garante aos militares ser julgados por seus pares – que vai contra a posição de partidos de extrema esquerda como PT e PSOL – se deve em grande parte ao pesado investimento das Forças Armadas na formação de consenso social. O EB tem investido na criação de canais de interação com a sociedade. Marinha e Aeronáutica atuam de forma semelhante.
Villas Bôas, ETCHEGOYEN e outros militares ao longo dos últimos meses tem falado bastante sobre o assunto. Em palestra no CONGRESSO NACIONAL o comandante do Exército chegou a dizer que os militares brasileiros em operações pela ONU tinham mais garantias legais do que atuando dentro do BRASIL.
O senador LINDBERG FARIAS reclamou muito e disse que as ações militares e o emprego das Forças Armadas como polícia não vão resolver o problema da violência nas cidades. O político disse ainda que acha que com essa aprovação o pedido de operações GLO vai ser mais freqüente. Já Requião disse que a LEI, defendida por vários militares, entre eles o atual comandante do Exército, é irresponsável por tornar banal o uso das Forças Armadas como policiais. Requião disse que apresentará projeto para que a prerrogativa de decidir sobre o uso dos MILITARES em operações GLO também passe pelo SENADO.
Fala de Requião: “O projeto é uma monstruosidade, um absurdo. Exército não é polícia. Eu fico perguntando a vocês: amanhã ou depois, vocês querem o filho alistado no Exército para defender a Pátria sendo destacado, pela irresponsabilidade de um presidente, a confrontar traficantes na favela da Rocinha e vir a falecer com um balaço na cabeça? Não tem cabimento. O Exército não está adaptado para esses confrontos urbanos “
Militar ouvido pela Revista Sociedade Militar diz que: “está claro que o uso das Forças Armadas não é por si só uma solução para a criminalidade, nisso Lindberg está correto, mas só nisso. Quanto a Requião e sua opinião de que o SENADO deve participar da decisão eu acredito que seja inviável, as operações GLO são ações que podem ocorrer de forma intempestiva, não há como submetê-las à burocracia do SENADO. A decisão do SENADO ao aprovar o PLC foi acertada e é um bom começo, há ainda uma série de modificações propostas, entre elas o endurecimento das leis no que diz respeito ao porte de armas de uso restrito.”