A Comissão de Defesa das Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Piauí, depois de constatação de afronta aos direitos de uma advogada, convocou para reunião o capitão responsável pela 26º Circunscrição do Serviço Militar.
A denúncia foi feita pela Advogada Luzilene de Sousa, que denunciou à Comissão ter sofrido violações das suas prerrogativas durante o exercício da sua profissão, por parte do Exército Brasileiro no Piauí.
A informação foi publicada no site da OAB do estado do Piauí. “O Presidente da Comissão da Defesa das Prerrogativas, Advogado Albelar Prado disse: “A Comissão de Defesa das Prerrogativas atua diretamente para que nenhum dos direitos dos(as) Advogados(as) sejam violados, para não haver restrição do exercício da profissão”.
Outra advogada, Josefina Leopoldo, disse: “Estou me sentindo bastante orgulhosa em saber que a Comissão é atuante e está sempre disposta ao embate com qualquer órgão ou situação que prejudique as prerrogativas da Advocacia”, ressaltou.
A Advogada Luzilene Gomes de Sousa eventualmente usa as suas redes sociais para esclarecer militares sobre seus direitos. Ouvida por telefone pela Revista Sociedade Militar, a jurista relatou que representa diversos militares e que por seguidas vezes foi submetida a tratamentos inadequados como exigências descabidas para fornecimento de documentos relacionados a clientes, acusações de “tumultuar o serviço” do Exército e até o extremo de ter que ouvir gritos dentro do gabinete do oficial que comanda a organização militar.
A visita da comissão de prerrogativas a uma instituição funciona como uma séria advertência. A advogada que fez a denúncia disse que a ação da OAB foi um passo positivo no combate a esse tipo de abuso. “A reunião com o comandante foi conduzida de forma amigável e esclarecedora, ficando acordado um tratamento ético e profissional com os Advogados e as Advogadas do Piauí, para que tanto os direitos da instituição quanto da Advocacia sejam preservados”.
A Revista Sociedade Militar entrou em contato com o Exército Brasileiro por e-mail e pelo WhatsApp disponibilizados pelo 25° Batalhão de Caçadores, mas a força até o momento da publicação desse artigo não se manifestou sobre o assunto.
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar