O Exército brasileiro está em processo final de compra de 36 novos obuseiros modernos que substituirão os antigos equipamentos em operação desde a Segunda Guerra Mundial e a década de 1970. Quatro empresas internacionais disputam a licitação: Norinco (China), Elbit Systems (Israel), Nexter (França) e Excalibur (República Tcheca). A decisão final será tomada até o final de abril.
Cada obuseiro custará cerca de US$ 5 milhões, totalizando um investimento de US$ 180 milhões (cerca de R$ 900 milhões). Além do valor inicial, o Exército precisará investir mais 15% a 20% no treinamento de seus soldados para operar os novos equipamentos.
Os novos obuseiros serão mais modernos e eficientes que os antigos. Eles serão instalados em veículos blindados, o que dará ao Exército mais mobilidade e alcance no campo de batalha. Além disso, os novos obuseiros terão maior poder de fogo, aumentando a capacidade de ataque e defesa do país.

As entregas dos novos obuseiros começarão em 2025 e se estenderão por dez anos (até 2035). Como parte do contrato, o Exército exigirá transferência de tecnologia ou uso de conteúdo local por parte da empresa vencedora da licitação. Isso permitirá a nacionalização da capacidade fabril de munições para os obuseiros, em parceria com a empresa brasileira Imbel.
A compra dos novos obuseiros faz parte de um investimento mais amplo do Exército em seus projetos estratégicos. O orçamento para o período 2024-2027 é de R$ 6,7 bilhões, e inclui a modernização das forças blindadas, o sistema Astros de lançadores múltiplos de foguetes, o sistema de monitoramento de fronteiras Sisfron e a aviação do Exército, com foco na compra de helicópteros e drones.
Fonte: CNN Brasil