Em contraste com as Forças Armadas Brasileiras, que frequentemente atuam em diversas operações de policiamento, como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e a Operação Verde Brasil, no combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, o Exército Uruguaio se posiciona contra a utilização de seus militares para combater o crime interno.
Entenda a seguir:
O General Mario Stevenazzi, Comandante do Exército Uruguaio, afirma que as tropas estão ocupadas com suas funções constitucionais, priorizando a Defesa Nacional.
Essa postura, segundo informa o site Prensa Latina, é uma resposta à proposta do pré-candidato do Partido Nacional, Jorge Gandini, que defende a formação de militares nas forças policiais para patrulhar áreas com altos índices de criminalidade.
O General Stevenazzi argumenta que tal medida implicaria na realocação de recursos humanos e materiais, prejudicando as funções primordiais do Exército.
“No exército não há ninguém para poupar”, afirma Stevenazzi. “
Quando são feitas propostas para nos atribuir tarefas diferentes das que realizamos, dá-se a impressão de que nossas tropas estão ociosas nas unidades militares e isso está longe da verdade”, completa.
O Comandante defende ainda que o Exército Uruguaio possui treinamento e armamento específicos para a Defesa Nacional, não para missões policiais.
“Nosso armamento básico é a espingarda, e o coletivo é variado, mas com grande poder de fogo”, afirmou.
“Digo isso para que se possa visualizar o efeito dos nossos meios e para que depois não seja o soldado, o tenente ou o capitão a ser acusado e criticado”, alertou.