Quatro oficiais militares e sete civis são acusados de corrupção em esquemas de fraude em licitações e cobrança de propina em hospitais militares do Rio de Janeiro.
As denúncias, oferecidas pelo Ministério Público Militar (MPM) e recebidas pela Justiça Militar da União, revelam um complexo esquema que desviou recursos públicos e colocou em risco a saúde de pacientes.
No Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD) foram recebidas três denúncias. Em uma delas, dois oficiais médicos – um capitão de corveta e um tenente-médico – estão sendo acusados de receber propina de empresas fornecedoras para fraudar licitações, afastar a concorrência e adquirir material hospitalar com sobrepreço. A propina total recebida pelos oficiais chega a R$ 863 mil, incluindo pagamentos ao cônjuge de um deles.
Em outra denúncia, a mesma oficial médica é acusada de receber R$ 246 mil em propina para favorecer empresas em licitações do HNMD. Já um capitão de fragata é acusado de facilitar pagamentos a fornecedores em troca de propina no valor de R$ 180 mil.
No Hospital Central do Exército (HCE), um coronel médico da reserva é acusado de receber R$ 69 mil em propina para beneficiar empresas específicas em licitações. Ele era responsável por elaborar os editais e estabelecia requisitos que impediam a livre concorrência.
Os civis envolvidos nos esquemas são empresários das empresas beneficiadas pelas fraudes. Eles são acusados de pagar propina aos oficiais militares em troca de contratos com o Estado.
O Ministério Público Militar também pediu o sequestro de bens dos acusados para garantir o ressarcimento dos danos causados ao erário público.
Fonte: Ministério Público Militar