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Futuro da defesa militar brasileira está em risco e pode ficar nas mãos da China: uma das maiores empresa da defesa do Brasil, fundada por engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica está na mira do governo Chinês 

por Thaís Souza
21/06/2024
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A Avibras, uma das maiores empresas de defesa do Brasil, enfrenta uma grave crise financeira que ameaça o futuro da tecnologia militar brasileira. Fundada por engenheiros do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), a empresa é conhecida pelo desenvolvimento do sistema de lançamento de foguetes Astros II, amplamente utilizado por diversos países. Em meio a essa crise, a estatal chinesa Norinco propôs adquirir 49% das ações da Avibras, gerando preocupações sobre a soberania e a continuidade das operações no Brasil.

A Norinco, gigante do setor de defesa com um vasto portfólio de produtos militares, vê na Avibras uma oportunidade estratégica para expandir sua presença na América Latina. No entanto, essa possível aquisição levanta questionamentos sobre os riscos de transferência de tecnologia e deslocalização da produção para a China, o que poderia comprometer a capacidade brasileira de desenvolver e produzir sistemas de defesa localmente.

A decisão sobre essa proposta precisa ser cuidadosamente analisada pelo governo brasileiro, ponderando os benefícios financeiros e os riscos à autonomia tecnológica e à segurança nacional. Descubra os impactos da proposta da Norinco para adquirir 49% da Avibras, uma das maiores empresas de defesa do Brasil.

Avibras desempenha um papel crucial no desenvolvimento de tecnologias e produtos para a defesa e o setor aeroespacial brasileiro aeronáutica

A Avibras desempenha um papel crucial no desenvolvimento de tecnologias e produtos para a defesa e o setor aeroespacial brasileiro. Um dos seus principais produtos é o Astros II, um lançador múltiplo de foguetes que se destacou internacionalmente desde os anos 80. Esse sistema foi inicialmente desenvolvido para atender a uma demanda do Iraque durante a guerra contra o Irã e se tornou um sucesso devido ao seu desempenho em combate.

O Astros II é operado por diversos países, incluindo Arábia Saudita, Angola e Iêmen, acumulando uma valiosa experiência real de combate em quatro guerras. Além disso, outros países como Bahrein, Malásia e Indonésia também utilizam esse sistema. A Avibras, ao longo dos anos, focou no desenvolvimento de foguetes com maior alcance e precisão, tornando-se uma referência no setor.

Norinco é conhecida por produtos como o Tipo 56, uma variante do fuzil AK47, e o MBT 3000, um blindado de combate com alta mobilidade e poder de fogo

Apesar do sucesso técnico e operacional, a Avibras enfrenta uma grave crise financeira. A diminuição dos contratos governamentais, atrasos em pagamentos de clientes e dificuldades na obtenção de financiamentos mergulharam a empresa em uma situação crítica, a ponto de atrasar salários de funcionários por mais de um ano.

Nesse contexto, a proposta da Norinco surge como uma potencial tábua de salvação. A estatal chinesa, fundada em 1980, é uma gigante no setor de defesa, com mais de 215.000 funcionários e um faturamento bruto de 82 bilhões de dólares. A Norinco é conhecida por produtos como o Tipo 56, uma variante do fuzil AK47, e o MBT 3000, um blindado de combate com alta mobilidade e poder de fogo.

A proposta da Norinco envolve a aquisição de 49% das ações da Avibras, mantendo as linhas de produção no Brasil e utilizando as fábricas como ponto de apoio para a produção, manutenção e venda de equipamentos chineses na América Latina. Se a proposta for sincera, a Avibras poderia continuar suas operações, garantindo a continuidade de uma das mais importantes empresas de defesa do Brasil.

O futuro da defesa brasileira pode estar nas mãos da China aeronáutica

Apesar das aparentes vantagens, é crucial analisar os potenciais riscos dessa aquisição. A Norinco pode estar interessada apenas nos projetos e tecnologias da Avibras, podendo, a longo prazo, desativar as fábricas brasileiras e transferir a produção para a China. Tal movimento poderia comprometer a capacidade do Brasil de produzir localmente sistemas como o Astros II.

No entanto, a proposta também apresenta benefícios significativos. Com o apoio financeiro da Norinco, a Avibras poderia resolver suas dívidas, estimadas em pouco mais de 150 milhões de dólares, e continuar desenvolvendo tecnologias de ponta. Além disso, a parceria poderia fortalecer a base industrial brasileira, ampliando a produção de equipamentos de defesa.

Riscos de uma possível deslocalização da produção e perda de autonomia tecnológica aeronáutica

A aquisição de 49% das ações da Avibras pela Norinco é uma questão complexa que envolve considerações estratégicas, financeiras e tecnológicas. A parceria pode representar uma oportunidade de revitalização para a Avibras, garantindo sua continuidade e potencial expansão. No entanto, os riscos de uma possível deslocalização da produção e perda de autonomia tecnológica não podem ser ignorados.

Em última análise, a decisão sobre essa aquisição deve ser cuidadosamente avaliada pelo governo brasileiro, considerando os benefícios a curto e longo prazo para a indústria de defesa nacional. A Avibras, com seu legado de inovação e excelência, merece uma solução que preserve e potencialize suas capacidades, garantindo sua contribuição contínua para a defesa e segurança do Brasil.

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