Dong Jun, ministro da Defesa da China, disse que as Forças Armadas do país asiático e do Brasil têm amplos interesses em comum. A afirmação foi feita após encontro com o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro, nesta segunda-feira, 8 de julho.
O comandante está na China para estreitar relações militares com o país, em especial no que diz respeito a informações na área cibernética. O Brasil também tem bastante interesse em munição pesada e nos blindados.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, Dong Jun disse que as Forças Armadas do Brasil e China têm base sólida de cooperação e amplos interesses em comum e que o aprofundamento dessas relações apresenta amplas perspectivas para o futuro.
Dong Jun pediu ainda que os países aumentem a troca de experiências e conhecimentos para elevar as relações militares China – Brasil a novos patamares.
Segundo informações da Record Europa, Tomás Paiva manifestou interesse do Exército Brasileiro em intensificar a comunicação e o intercâmbio com as forças chinesas e aprofundar a cooperação em várias frentes.
Em entrevista ao Estadão, o general disse que a China é um polo de pesquisa de ciência e tecnologia.
“E também na parte de indústria de defesa, interessante, porque eles estão avançados nessa área. Esses são os principais temas que são comuns e que interessam os 2 países”.
O estreitamento das relações do Brasil não se dá apenas com a China, mas também com os demais países dos Brics (Brasil, Índia, Rússia, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes).
No ano passado, Tomás esteve na Índia muito por conta de um sistema de artilharia antiaéreo desenvolvido em parceria com Israel. A próxima visita deve ser pra África do Sul.
Entretanto, neste ano de 2024 Brasil e China comemoram 50 anos de relações diplomáticas.
A China é hoje não só o mais investidor no Brasil, em termos de fluxo, como também seu maior parceiro comercial. No ano passado, foram mais de US$ 104 bilhões de dólares (R$ 563,68 bilhões de reais na cotação atual) exportados para o país asiático, considerado o maior valor da história.
Duas críticas ao Exército em notícia sobre envio de oficiais à China pra curso de 11 meses
Publicada na Revista Sociedade Militar em 5 de julho, a notícia sobre o envio de oficiais superiores do Exército Brasileiro para a China para um curso de altos estudos em estratégia continua escalando no que diz respeito à uma enxurrada de críticas contra a Força Terrestre em redes sociais como X (antigo Twitter) e Instagram.
Designados por portaria assinada por Tomás Paiva, Coronéis de Material Bélico e de Comunicações do Exército Brasileiro têm a oportunidade de passar 11 meses no país atualmente governado por Xi Jinping com direito a levar familiares, a partir de 11 de setembro deste ano.