RSM - Revista Sociedade Militar
  • AO VIVO
  • Página Inicial
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Concursos e Cursos
  • Gente e Cultura
RSM - Revista Sociedade Militar
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Início Defesa e Segurança Geopolítica

Devido à ameaça nuclear representada pela Coreia do Norte, outro país está considerando produzir armamento nuclear para se defender em caso de ataque e não depender dos Estados Unidos

A causa do arsenal nuclear norte-coreano, a Coreia do Sul pensa em fabricar armas nucleares para garantir sua segurança sem depender dos EUA: tensão crescente na região

por Marcos
26/08/2024
A A

A península coreana tem sido um dos pontos de maior tensão geopolítica desde o fim da Guerra da Coreia em 1953, quando foi assinado um armistício que interrompeu temporariamente o conflito entre as forças da ONU, lideradas pelos Estados Unidos, e a Coreia do Norte. Esse armistício, que tinha como objetivo criar um ambiente propício para futuras conversações de paz e reunificação da península, nunca se transformou em um tratado de paz definitivo. A forte influência da China e da antiga União Soviética sobre o regime norte-coreano foi determinante para o impasse que já se estende por mais de 70 anos.

Apesar do apoio recebido de seus aliados comunistas, Kim Il-sung, o primeiro ditador norte-coreano, compreendeu que a única maneira de garantir a perpetuação do regime seria por meio do desenvolvimento de armas nucleares. Em 1963, ele solicitou à União Soviética assistência para criar um programa nuclear militar. Nikita Khrushchev, líder soviético na época, recusou o pedido, mas propôs a construção do Centro de Pesquisa Nuclear Yongbyon, onde, anos mais tarde, a Coreia do Norte iniciaria seu programa nuclear militar.

O avanço do programa nuclear norte-coreano e suas implicações regionais

A partir do final dos anos 1980, o programa nuclear da Coreia do Norte ganhou novo impulso, principalmente após a aquisição de tecnologias nucleares do Paquistão. Essa parceria, que envolveu a troca de tecnologias ligadas a foguetes balísticos, acelerou significativamente o progresso norte-coreano. Em outubro de 2006, a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, marcando a entrada do país no clube das potências nucleares. Desde então, o regime de Pyongyang conduziu outros cinco testes nucleares, incluindo a detonação de uma bomba termonuclear de hidrogênio miniaturizada, um feito que consolidou sua capacidade de lançar armas de destruição em massa a grandes distâncias. Estados Unidos

O desenvolvimento de mísseis balísticos também foi uma prioridade para os líderes norte-coreanos. Desde os primeiros anos de seu regime, Kim Il-sung iniciou o programa de mísseis do país, e seu filho, Kim Jong-il, deu continuidade a esse projeto. Sob o comando de Kim Jong-un, neto do fundador do regime, a Coreia do Norte intensificou os testes de mísseis, realizando 12 vezes mais testes do que seus antecessores em quase 60 anos. O esforço de Kim Jong-un resultou em um arsenal impressionante de mísseis balísticos, como o Hwasong-15, capaz de carregar ogivas nucleares de até 1 tonelada e atingir alvos a 13.000 km de distância.

A capacidade militar da Coreia do Norte representa uma ameaça direta não apenas para seus vizinhos próximos, como a Coreia do Sul, mas também para países mais distantes. Seul, uma metrópole de quase 10 milhões de habitantes, está localizada a apenas 30 km da fronteira com a Coreia do Norte, o que a torna especialmente vulnerável a um ataque nuclear. Além dos mísseis de longo alcance, Pyongyang desenvolveu mísseis balísticos táticos de curto e médio alcance, muitos dos quais podem ser equipados com ogivas nucleares. Isso significa que um ataque contra a capital sul-coreana poderia ocorrer em questão de minutos, deixando poucas ou nenhuma chance de defesa eficaz.

O futuro incerto da dissuasão nuclear na Coreia do Sul e a dependência dos Estados Unidos

Diante das ameaças crescentes do regime norte-coreano, o debate sobre o desenvolvimento de armas nucleares na Coreia do Sul tem ganhado força. Oficialmente, o governo sul-coreano, liderado por Yoon Suk-yeol, é contra essa ideia. Em 2023, a Coreia do Sul firmou um acordo com os Estados Unidos, no qual se comprometeu a não desenvolver armas nucleares em troca do destacamento de submarinos americanos armados com ogivas nucleares em suas bases navais. Além disso, o país assinou e ratificou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e opera atualmente quatro centrais nucleares, todas voltadas para fins pacíficos.

No entanto, a crescente desconfiança sobre a confiabilidade do “guarda-chuva nuclear” dos Estados Unidos tem levado muitos sul-coreanos a reconsiderar sua postura. Embora Washington garanta que um ataque nuclear contra a Coreia do Sul será visto como um ataque contra o próprio território americano, a resposta norte-americana pode vacilar dependendo do contexto global e das garantias dadas à Coreia do Norte por seus aliados, China e Rússia. Esse cenário incerto tem alimentado o apoio popular à ideia de que a Coreia do Sul deve desenvolver seu próprio arsenal nuclear como uma medida de dissuasão independente. Estados Unidos

Especialistas como Cheong Seong-chang, que lidera um grupo de 50 analistas favoráveis ao desenvolvimento de armas nucleares na Coreia do Sul, argumentam que o país não pode se tornar refém das ameaças norte-coreanas, nem depender exclusivamente dos Estados Unidos para sua defesa. Para eles, a única maneira de garantir a segurança nacional é dar a Kim Jong-un a certeza de que qualquer ataque contra a Coreia do Sul será revidado na mesma moeda. Estados Unidos

O futuro da península coreana permanece incerto, com a tensão nuclear em alta e as alternativas de dissuasão se tornando cada vez mais limitadas. A Coreia do Sul enfrenta uma difícil escolha: confiar plenamente nas garantias dos Estados Unidos ou seguir o caminho da proliferação nuclear, arriscando-se a uma nova corrida armamentista na região. Seja qual for a decisão final, o impacto geopolítico será profundo e duradouro, afetando não apenas o equilíbrio de poder na Ásia, mas também a segurança global. Estados Unidos

Ver Comentários

Artigos recentes

  • Operação secreta dos EUA resgata cinco opositores do regime de Maduro em ação militar dentro da Embaixada da Argentina em Caracas 11/05/2025
  • Mãe de militar: a mulher que viu 7 filhos irem para a guerra 11/05/2025
  • “Sentado! Um, dois! De pé! Um, dois!” Projeto de lei propõe punir com prisão humilhações e ordens abusivas nas Forças Armadas brasileiras 10/05/2025
  • Honda e os veículos conceito que anteciparam o futuro da mobilidade robusta e inteligente: tecnologia, design extremo e IA embarcada que inspiram o mundo 10/05/2025
  • Segurança pública da China revoluciona o patrulhamento com robô RT-G equipado com IA e câmeras 360°, capaz de operar em terra e água com resistência de 4 toneladas 10/05/2025
  • Concurso TCU 2025: 60 vagas autorizadas para ensino médio e superior, com salários de até R$ 37 mil 10/05/2025
  • Nova moto barata da Honda é registrada no Brasil e promete chegar ao mercado por R$ 8 mil, injeção eletrônica, 10 anos de garantia e fazendo o impressionante 55 km/l 10/05/2025
  • Oficial médica é expulsa do Exército: STM, rigoroso, declarada indignidade para ser militar 10/05/2025
  • Concurso do Exército abre vagas para profissionais de saúde, técnicos e religiosos — com salários e aposentadoria integral 10/05/2025
  • Enquanto a Marinha, o Exército e a Aeronáutica reverenciavam os heróis brasileiros da FEB com cerimônias militares, Lula ‘marcha’ com Putin e Maduro em Moscou 09/05/2025
  • Sobre nós
  • Contato
  • Anuncie
  • Política de Privacidade e Cookies
- Informações sobre artigos, denúncias, e erros: WhatsApp 21 96455 7653 não atendemos ligação.(Só whatsapp / texto) - Contato comercial/publicidade/urgências: 21 98106 2723 e [email protected]
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Conteúdo Membros
  • Últimas Notícias
  • Forças Armadas
  • Concursos e Cursos
  • Defesa e Segurança
  • Setores Estratégicos
  • Gente e Cultura
  • Autores
    • Editor / Robson
    • JB REIS
    • Jefferson
    • Raquel D´Ornellas
    • Rafael Cavacchini
    • Anna Munhoz
    • Campos
    • Sérvulo Pimentel
    • Noel Budeguer
    • Rodrigues
    • Colaboradores
  • Sobre nós
  • Anuncie
  • Contato
  • Entrar

Revista Sociedade Militar, todos os direitos reservados.