Denúncia e suspeitas

O documento que deu início à investigação aponta que o suposto esquema envolveria “desvio de dinheiro arrecadado por meio de doações, propina na contratação de empresas terceirizadas e superfaturamento” em obras.

Um trecho alarmante do documento revela que “parte desse dinheiro é dividido entre os religiosos (padres) e utilizado até para fazer programas sexuais com garotos contratados, realizados dentro do carro nas proximidades da igreja”.

Além disso, a denúncia afirma que o dinheiro arrecadado “é depositado em contas de terceiros e parentes de primeiro grau, como irmã, esposa e sobrinho”, e que “obras inexistentes são feitas, outras superfaturadas, com o recebimento de propina por empresas terceirizadas”.

Militares envolvidos e respostas

De acordo com o Metrópoles, os militares sob investigação são o diácono Paulo Fontenele Figueira, do Exército; o padre Marcelo José de Sousa, chefe da Capelania; e o padre Paulo Roberto Moliterno da Costa, da Marinha. Todos negaram qualquer irregularidade.

Em nota, a defesa dos três, representada pelo mesmo escritório de advocacia, classificou o inquérito como “fruto de uma denúncia apócrifa e inconsistente” e ressaltou que “os livros de comprovação dos dízimos e valores recebidos na Capelania são auditados”.

A defesa ainda afirma que “todas as informações foram apresentadas de forma tempestiva e voluntária para a autoridade policial” e que não há provas das alegações graves feitas na denúncia.

Posição do Exército

O Centro de Comunicação Social do Exército, ao ser procurado, afirmou que “o assunto em questão está em processo de investigação” e que a Força não se manifestaria sobre processos conduzidos por outros órgãos. O Exército destacou que a instituição mantém um “relacionamento de respeito com as demais instituições da República”.

Com a investigação em andamento, a expectativa é que novos desdobramentos sobre o caso sejam divulgados em breve.